Retrofit

Quem lida no mundo da construção talvez nunca tenha ouvido falar tanto em "retrofit" como ultimamente. O termo em inglês em uma tradução livre, seria "colocar o antigo em boa forma", adaptando espaços antigos em novos, com eventuais sobe-e-desce de paredes, adaptar e melhorar equipamentos, melhorar o seu conforto e sua segurança, enfim, customizar o edifício como um todo, por isso é uma atitude maior do que simplesmente uma popular "reforma". Um belo exemplo seria transformar uma construção residencial em comercial ou também ao contrário.

O retrofit não se limita a edifícios, mas pode atingir também grandes áreas urbanas, como praças, ruas, pontes etc.

Na maior parte dos casos, em residências, o retrofit, então caracterizado como algo bem maior que uma reforma, acaba saindo mais caro do que derrubar a antiga construção e executar uma nova. Pois o que normalmente "sobra" numa casa são as paredes, e estas, por sua vez, com divisões questionáveis para o novo uso, ou então com problemas de umidades ou rachaduras.

Mas existem diferenças também entre o retrofit e as restaurações de imóveis antigos tombados pelo Patrimônio Histórico,  em que as intervenções seguem um projeto rigoroso para manter as características originais da época, para preservação da memória histórica. Então, neste caso, pelo menos nas fachadas, não necessariamente há um retrofit da construção e sim uma restauração.

O que justifica fazer um retrofit?

Um retrofit corretamente planejado, projetado e executado poderá manter o edifício constantemente atualizado, aumentando sua vida útil, sua eficiência energética, diminuindo custos com manutenção. Por isto mesmo, o retrofit pode e deve dotar o edifício de atualidade tecnológica que possa traduzir-se em viabilidade econômica para o investidor com a valorização de seu imóvel principalmente se ele estiver numa situação geográfica bem favorável, isto com grande importância para imóveis comerciais em que a renovação pode dar um ânimo para os negócios.

Então o retrofit tem o sentido de renovação, em que se pressupõe uma intervenção integral, obrigando-se ao encontro de soluções nas fachadas, instalações elétricas e hidráulicas, circulação, elevadores, proteção contra incêndio e demais itens que caracterizam o uso do que existir de melhor no mercado.