O assunto é velho, a denúncia é nova. Beira aos idos de 1982, ou seja, quase 30 anos, um pouquinho menos do que você trabalhador precisa contribuir para se aposentar com alguma migalha. Interessante que quantas legislaturas, presidentes e deputados passaram pela Alesc para só agora o deputado Darci de Matos (DEM) denunciar que não é mais possível conviver com funcionários ganhando mais de R$ 35 mil por mês e ainda por cima aposentados por invalidez. Até agora já foram contabilizados 211 nesta condição. E para pagar o piso dos professores de R$ 1.187,00 e respeitar o Plano de Carreira, o governo diz que não tem dinheiro. É mesmo uma esbórnia, uma zona, a casa da mãe Joana.
Lembro que trabalhei um período na década de 80 no governo do Estado e quando quis vir embora recebi esta proposta indecente. Um médico meu amigo sugeriu que eu comprasse um apartamento, de preferência na Beira-Mar Norte, como a maioria fazia pelo SFH, e ele me daria um atestado incontestável. Eu me aposentaria e ainda quitava o apartamento, coisa de lei da época. Não aceitei e estou aqui, pelo menos de consciência limpa, tranquila - e duro. Ainda não acredito que alguma coisa seja feita, pois o normal é tudo que envolve esta gente acabar em "pizza".
Mas é nojento você ver pessoas mendigando uma consulta, passando por perícias e muitas vezes sendo até humilhadas para obter o "benefício" da aposentadoria. É por estas e por outras que cada legislatura o prédio da Assembleia tem de passar por reformas e aumentos. Será que alguém vai devolver o que recebeu ilegalmente? Alguém preso? Ah! Isso não, pois não há presídio suficiente, o bando é muito grande.
(Pedro Alberto Skiba - diretor)
(47) 99660-9995
gmail.com