Em outubro, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rio Negrinho lançou edital para a inscrição de chapas interessadas em participar da eleição da nova diretoria da entidade, prevista para ocorrer agora em novembro. Dentro do prazo legal, apenas uma chapa se inscreveu, porém servidores descontentes por terem perdido o prazo entraram na justiça, alegando que não haviam tomado conhecimento do edital. Segundo a presidente do Sindicato, Adriana Classar Ribas, o prazo foi obedecido conforme determina o estatuto do Sindicato, e nada foi feito fora da lei.
Adriana explica que todo o processo foi seguido exatamente como determina a lei, seguindo para isso o estatuto da entidade. “Essa é a quarta eleição que está tendo no Sindicato, criado em 2004, e desde lá sempre foi publicado no Diário Oficial. Como há participação das federações, elas ficam sabendo pelo Diário Oficial. Sempre foi publicado nos mesmos meses. Além disso, publicamos também no mural do Sindicato, que o estatuto não determina, mas que fazemos para que mais pessoas possam ter acesso. Alguns leram e não deram bola, talvez por não terem interesse”, disse ela.
A presidente esclarece que conforme o estatuto do sindicato, o edital deve ser publicado no Diário Oficial e no mural do Sindicato, e que o período de inscrições é de cinco dias a partir da publicação para a inscrição das chapas interessadas, com mais três dias após para impugnação. “Foi dado um prazo maior do que prevê o próprio estatuto. Pelo estatuto, foi publicado no dia 5 de outubro, a partir do dia 6 já estaria valendo para inscrição de outras chapas, mas como era um sábado, colocamos que o prazo para inscrição passaria a contar a partir de segunda-feira, dia 8. E como o prazo se encerraria no dia 10, estendemos até o dia 12. Foram dados dois dias a mais para inscrições, para os interessados prepararem a documentação necessária”, explica. Adriana ainda cita que um dia antes de encerrar as inscrições, os servidores foram avisados via email que haveria esse atendimento extra no Sindicato. “Enviamos email para todos os servidores cadastrados, informando que o Sindicato estaria aberto no dia 12. Estivemos atendendo neste dia”, diz.
Para ela, se a Justiça entender que é necessário alterações, o estatuto terá que ser mudado. “O estatuto está lá e são normas a serem seguidas, é através dele que definimos que ações devem ser tomadas, seguimos o que estava no Estatuto e não da nossa cabeça. É um documento definido em assembleia e que qualquer alteração, precisa também de assembleia”, frisa ela. “Entramos com recurso no TST (Tribunal Superior do Trabalho), porque estamos seguindo corretamente o que diz o estatuto e por isso contestamos”, fala a presidente.
Atacada
Adriana ainda comenta que foi duramente atacada, via redes sociais, por conta da polêmica envolvendo a eleição. “Fui difamada em rede social, enquanto pessoa, enquanto mãe, enquanto mulher. Elas não se referiam a presidente do Sindicato, mas sim a minha pessoa. Achei melhor aguardar o momento certo para me pronunciar, falar o que realmente aconteceu, a verdade dos fatos”, ressalta ela, que diz que foi tratada inclusive como criminosa. “Um grupo pequeno, que não passa de meia dúzia, que me atacou enquanto Adriana, e não como presidente do Sindicato”.
Ela ainda questiona o fato de que Edson Plazido, que se coloca como presidente da chapa de oposição, presidir a Asprine (Associação dos Servidores Públicos de Rio Negrinho) de forma irregular. “O que me causa estranheza é o Edson questionar o edital. Ele está à frente da Asprine desde 2013. Fui verificar o estatuto da Asprine, pra ver se estão cumprindo o estatuto, e o único registrado é de 1989,e lá diz que o presidente da Asprine tem que ser sócio-fundador, e o Edson não é. E as eleições teriam que ser de 2 em 2 anos, e a última eleição foi em 2013”, questiona ela. “Eu que estou seguindo o estatuto estou sendo taxada de um monte de coisas ruins, e ele que está de forma irregular como presidente quer questionar algo”.