Por meio de danças e cantos, os alunos já realizaram apresentações em diversas escolas
Qual é o ritmo que embala as apresentações folclóricas nas escolas? Os alunos da EMEB Padre Cláudio Longen mostram, há cerca de cinco anos, que é com muita cor, alegria e dança. A iniciativa que mobiliza aproximadamente 76 alunos, professores e a comunidade escolar já realizou apresentações em Rio Negrinho, Campo Alegre e São Bento do Sul. Organizados por funções, os estudantes incorporam personagens, cantam e tocam instrumentos com intuito de contar a história de um fazendeiro e seu boi, chamada de Folguedo do Boi Mamão.
Estimular o ensino com atividades que envolvam conhecimento sobre o folclore brasileiro é uma prática pedagógica presente nas escolas municipais de ensino. Ao unir passado e presente, os alunos conseguem se identificar com os personagens e se sentem parte daquela realidade. “Quando eles começaram a entrar em contato com essa cultura se sentiram mais motivados a pesquisar e encontrar semelhanças entre as regiões do Brasil”, conta a diretora Marli Aparecida Noronha da Silva Tezza. “Nossa iniciativa foi sair do comum e isso só nos deu resultados positivos, pois eles estão contagiando todos por onde passam”.
No decorrer das aulas, os professores notaram o grande envolvimento dos alunos com as atividades folclóricas e, como ideia, sugeriram criar o grupo. Desde 2013, buscam valorizar a linguagem oral e artística da cultura popular, com uso de diferentes músicas e outras formas de mídia. A coordenação da apresentação fica por conta do professor de coral e percussão Fernando de Jesus, pela professora Fabiana Ferneda de dança e pela professora de teatro ngela de Jesus. A ação ainda conta com a maquiagem e confecção de figurinos próprios feitos por funcionários e equipe da direção da escola. E para que tudo saia perfeitamente, os alunos participam dos ensaios em todas as quinta-feiras.
A idade também não é um empecilho para participar, as apresentações reúnem alunos de 5 à 10 anos. “Quando nossas crianças começam a apresentar vemos o esforço de cada um para desempenhar bem os papéis, muitos até parecem nem ter timidez como é na sala de aula”, ressalta Marli. E, mais ainda, a partir do exemplo da escola, muitos educadores estão indo até a escola para conhecer mais o trabalho desenvolvido. “Nossa escola está aberta para todos que queiram entender ou até mesmo prestigiar o grupo, também vamos até as outras unidades de ensino”.