Rio Negrinho - Professora cria materiais criativos para estimular áreas sensoriais

 
 Na atividade, as crianças exerceram a linguagem oral, gestual e principalmente, a corporal

Mesmo sem se dar conta, todos os dias ao entrar na sala de aula professores e alunos incorporam alguns recursos interativos. No CMEI Flor do Campo, no bairro Vista Alegre, não poderia ser diferente, a professora da disciplina de Artes Andrea Pilatti encontrou uma forma de aguçar o desenvolvimento emocional, social e o imaginativo das crianças do berçário: através de um pallet criativo e um baú recheado de personagens e fantasias. A iniciativa que vem conquistando os alunos, possibilita ainda uma melhora na coordenação motora e nas possibilidades de se aprender brincando.

Segundo Andrea, não há como capturar e perceber os arredores sem usar pelo menos um dos cinco sentidos, seja a audição, o tato, a visão, paladar ou olfato. Eles são porta de entrada para que qualquer mensagem, estímulo ou sensação chegue até a pessoa. Com as crianças essa ação é ainda mais importante, pois cada um deles está em constante desenvolvimento. “É estimulando através das brincadeiras que consigo perceber se há alguma dificuldade, se o pequeno apresenta problemas de visão ou audição já entramos em contato para que a família possa resolver isso”, comenta.

Além disso, trabalhar com os cinco sentidos é promover o autoconhecimento. É por meio dos sentidos que se é captado informações, processando isso para diversas situações: de uma complexa análise de um problema no futuro ou para apenas formar gostos e preferências. “Isso é algo que até a própria família faz sem sentir, os sabores e texturas dos alimentos são alguns dos exemplos”, conta. “Aqui no CMEI, muitas das atividades buscam estimular esse contato com a alimentação, principalmente com as comidas saudáveis”.

Para estimular a pele do bebê foi montado um pallet com pincéis macios, peças de encaixe, teclado e esponjas. Foi nesse momento que a visão e tato trabalharam em conjunto, já que ele visualiza o que vai pegar ou tocar. “Foi criado uma espécie de sequência de objetos que fizeram eles irem até o pallet, reforçando a locomoção para vencer as próprias dificuldades”, ressalta. Já com o baú, a profissional estimulou a curiosidade e a imaginação, nas aulas ela busca trazer com os personagens a importância de se alimentar corretamente e como é preciso saber respeitar as diferenças entre os colegas.