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Sentimentos - Fernando Coimbra dos Santos

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"Se eu puder combater só um mal, que seja o da Indiferença".

 


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Flamboyant Florido cap V ao cap. VIII

Quarta, 22 de agosto de 2018


(continuação)

V

Voltou-se da porta, olhou hesitante para a senhora que o tratara com tanto carinho.

- A senhora disse que aqui é uma cidade mágica. Perdoe-me a pergunta mas, que tipo de pessoas vivem neste lugar?

Ela sorriu enquanto, talvez, avaliasse como responder. Então lhe disse:

- Conta uma lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis, próximo a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

“- Que tipo de pessoa vive neste lugar?”. “- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem? – perguntou, por sua vez, o ancião”. “ - Oh! Um grupo de egoístas e malvados - replicou-lhe o rapaz. - Estou satisfeito de haver saído de lá”.

A isso o velho retrucou: “- A mesma coisa você haverá de encontrar aqui”.

No mesmo dia, outro jovem se acercou do oásis para beber água e, vendo o ancião, perguntou-lhe: “- Que tipo de pessoa vive por aqui?”

O velho respondeu com a mesma pergunta: “- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?”.

O rapaz respondeu:

“- Um magnífico grupo de pessoas amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las”. “- O mesmo encontrará aqui – respondeu o ancião”.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou: “- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?”.

O velho respondeu: “- Cada um carrega no seu coração o meio em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui. Somos todos viajantes no tempo, e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos, e isso só depende de nós mesmos”.

O moço sopesou por alguns momentos a resposta que a senhora dera, confuso.

- Como é o nome desta cidade? – perguntou então, baixinho.

A senhora sorriu. Com suavidade, respondeu:

- Isso você também saberá na hora certa, filho. Vá com Deus.

Foi então para o carro, colocou-se a caminho de seu destino.

 

VI

Dirigiu lentamente naquela tarde bonita, procurando um pequeno sítio quase desconhecido à beira da estradinha rural asfaltada perdida em algum lugar do mundo.

Como referência tinha apenas a vaga informação de uma pequena entrada sem porteira, quase dissimulada, perceptível por um grande flamboyant sempre florido, mas só notado pelos poucos que tinham coração puro e sensível para vê-lo.

E, de repente, lá estava o flamboyant florido.

Avançou alguns metros, fez o retorno, parou do outro lado da pista suficientemente afastado para ver a árvore em todo o seu esplendor.

- Não é à toa – pensou – que um dos significados da palavra seja fulgurante. O intenso colorido sobrepujava em muito todas as demais árvores que haviam ao redor.

Sentiu a visão enevoada e, mesmo sem se dar conta, percebeu que sua alma incompreensivelmente começava a transbordar e a escorrer por seus olhos. Lembranças...

Com cuidado atravessou a pista deserta, adentrou uma estradinha de terra florida em ambos os lados por miríades de cores perfumadas. Lá ao longe divisou uma pequena casa, simples, mas bem cuidada.

Estacionou, seguiu-se um momento de rápida hesitação, decidiu-se, desceu e bateu palmas. Foi atendido por um senhor negro, cabelos totalmente brancos que denunciavam sua idade avançada.

Confirmou o nome, então pegou o estojo com o sax no banco traseiro do carro e o entregou sem dizer nada.

Como a senhora da loja, o homem sorriu, embevecido, como se afinal houvesse chegado alguém por quem esperara e ansiara a vida inteira. 

Ali mesmo na varandinha, de pé, o ancião segurou o instrumento como se fosse um recém-nascido precioso, abriu o estojo com cuidado, pegou o sax com a familiaridade de longos anos de prática.

Vagarosamente, virou-o nas mãos, examinando-o à procura de avarias ou talvez apenas querendo olhar para aquilo da maneira como olharia para um ente querido desaparecido por um longo tempo.

O moço sentiu um aperto em seu coração quando o músico levou o instrumento à boca, umedeceu a boquilha e a segurou entre os dentes.

Seu peito inflou quando puxou o ar.

Mas quando seus dedos percorreram as chaves e ele soprou, o sopro escapou pela pressão fraca que seus lábios exerciam. Fechou os olhos e tentou outra vez. O mesmo resultado saiu do instrumento. Estava velho e fraco demais. Não tinha mais pulmões. Não podia mais tocar.

— Tudo bem — disse o moço — Não precisa tocar. Só achei que o lugar dele era aqui com você, só isso.

Voltou a olhar para o velho. Não sabia se se sentia bem ou mal com o que fizera. Havia devolvido um instrumento para um músico que não podia mais tocá-lo.

Mas, enquanto a indecisão oprimia seu peito, viu o ancião puxar o saxofone para mais perto do corpo. Ele o segurou com força, como se fosse tudo que tivesse no mundo. Seus olhares se cruzaram e então sua duvida se dissipou, ele viu que fizera a coisa certa.

De súbito, uma revelação: aquilo dera sentido para muitas coisas num mundo caótico. Principalmente em sua vida. Sentiu o coração e alma leves.

Viu-se olhado com intensidade pelo ancião que, mais que perguntar, afirmou:

— Você tem cara de quem está sozinho no mundo. Estou certo?

Ele fez que sim, sem titubear. E sem se sentir envergonhado. E sem se sentir invadido em sua privacidade.

— Na maior parte do tempo.

— Tem algum compromisso para o jantar de amanhã?

Hesitou. Finalmente, balançou a cabeça.

— Compromisso nenhum.

— Então volte aqui às sete, amanhã. A gente tem um jantar e eu posso ter um convidado.

Sorriu, olhou para o jazzista e acenou com a cabeça, numa espécie de reconhecimento silencioso.

Palavras tornaram-se desnecessárias, foi para o carro. Lá adiante olhou pelo retrovisor, o músico ainda estava de pé na varandinha abraçado ao instrumento, como se ele fosse um delicado e precioso bebezinho tão amado.

Por um momento indagou-se da enormidade do que fizera. Por um momento se perguntou pela última vez se fizera a coisa certa, motivado por um impulso inexplicável e irresistível. Por um momento pensou em voltar no tempo. Como se você pudesse fechar os olhos e, ao abri-los, estar de volta em casa, como se nada daquilo tivesse acontecido. Ou, talvez, ele apenas quisesse que fosse assim, não tinha mais certeza.

- Como esta história poderia ser verdadeira? – perguntou-se. –  E como poderia não ser? Quantas pessoas contariam uma história diferente? Quantas pessoas viveriam uma história diferente?

Voltou para a cidadezinha dirigindo lentamente. Ligou o rádio, um blues inesperado se iniciou. Pensou em voltar para O Relicário e continuar a conversar com a senhorinha. Acelerou um pouco. Encontrou a loja fehada.

Ficou parado, escutando a canção chegar ao fim.

- O buraco em minha vida é tão fundo que não tenho mais como sair dele – pensou. – Ou terei? Se não posso culpar o destino, quem é que sobrou?

Sentia como se sua vida fosse cercada por um muro intransponível de tijolos maciços. Mas lentamente, muito lentamente, uma certeza começou a surgir em sua mente e sentimentos: sua ação não pôs fim ao muro, mas fez cair alguns tijolos. E agora queria (precisava) saber como poderia demolir o resto dele.

E ficou ali de pé defronte à lojinha fechada, com um pouquinho menos de escuridão do que quando chegara.

Mas ainda estava entre dois mundos, sem se firmar em nenhum deles.

Sentiu-se de repente muito cansado. Fragilizado. Depois, finalmente, as lágrimas que estavam esperando pacientemente num cantinho...

Enxugou os olhos marejados, respirou fundo.

De repente os ruídos se transformaram em sons. Os cheiros em perfumes, as cores em luz. Dali em diante, em seus momentos de angústia e solidão, ele se refugiaria na recordação do resplandecente sorriso do músico quando ele se abraçou a seu saxofone depois de tanto tempo. E do que ele próprio contribuíra para isso.

Então seu rosto se iluminou, a melancolia se evaporou como por encanto, ele sorriu, de coração leve foi para o hotel.

A alma não teria um arco-íris se os olhos não tivessem lágrimas.

 

VII

Literalmente havia caído sem paraquedas naquela cidade, naquele hotelzinho, naquela loja na qual, sobre a porta principal, a placa de madeira entalhada que revelava “O Relicário” balouçava docemente com o vento.

Esbarrara, sem querer, no tesouro perdido de alguém – ou melhor – no tesouro abandonado por alguém.

Enquanto diminuía a velocidade do carro e adentrava na estradinha de terra logo após o flamboyant florido, perguntava-se se teria coragem (ou deveria) perguntar ao músico o porquê.

Balançou a cabeça como se afastasse um torpor, como se – de certa maneira – estivesse frustrado por ter sido enviado para salvar alguém que não podia ser salvo.

Mas, afinal, admitiu, quem ali realmente precisava ser salvo?

Sabia que seus pensamentos eram incongruências. Mas incongruências não eram exatamente só o que encontrara ali, desde que ali chegara?

- Não, desde de que para cá fui trazido – corrigiu, e sorriu diante do aparente absurdo da constatação, declarando-se irremediavelmente vencido.

Desceu do carro, ouviu o som do saxofone. Fora iludido por seu coração, sabia    que isso não seria mais possível, o músico estava velho demais, infelizmente não tinha mais o fôlego necessário.

Reconheceu uma gravação solo da qual não sabia o nome. Não que fosse um jazzista inveterado, mas ouvia este tipo de musica sempre que podia. Preferia os músicos mais velhos que os novos. Eles haviam vivido mais, sofrido mais, e talvez (talvez só por isso) tocassem melhor. O sopro não vinha dos pulmões, vinha da alma, era com ela que eles tocavam.

O músico saiu na varandinha e o recepcionou, conduziu-o até a pequena sala onde, num dos cantos, o sax ocupava um lugar de honra, como se fosse alguma coisa sagrada. E não o era?

Então, sem preâmbulos, sem razões aparentes, o ancião voltou-se para o moço e lhe disse surpreendentemente:

- Há uma lenda que diz que, se você ficar debaixo do arco-íris e fizer um pedido, ele se torna realidade. — Sua voz virou um sussurro. — Eu sei o que vou pedir. E você?

Sentiu o coração apertado, não teve o que responder. Aquela era uma das perguntas que em toda a sua vida não conseguira resposta.

- Não sei... Mas, no seu caso, deve ser fácil.

Sorriu com doçura, sem coragem de olhar diretamente para o músico, temendo que sua pergunta transmitisse uma grosseria não intencional.

- Seria poder tocar novamente este sax? – perguntou.

O ancião riu.

- Passou longe. Saiba que isso não é mais necessário. Entende alguma coisa de música?

- Não... nunca estudei, nunca aprendi, só sei apreciá-la.

O velho pegou o instrumento, segurou-o por alguns instantes como se fosse tocá-lo. Então o devolveu ao pedestal.

- Música é mais que ler as notas numa partitura. É mais que seguir uma partitura. É mais que decorar uma partitura. Música, música de verdade, é fechar os olhos, deixar os dedos se moverem até inconscientemente para as notas certas, e tocar com a alma, com os sentimentos, com o coração. Pode compreender isso?

O entendimento o atingiu como um raio que desabasse e explodisse naquela sala, o reconhecimento foi indiscutível.

- Posso. Você não precisa do sax para tocar suas músicas.

O ancião riu.

- Exato, você aprende rápido. – Olhou com reverência para o sax. – Mas, admito que às vezes eu sinto falta da maneira antiga... Sabe, talvez seja como ser um pianista que sofre um acidente e perde um pouco a sensibilidade dos dedos. A música está neles, mas não tem mais como se expressar. Triste, não é mesmo?

O moço teve que sufocar um soluço quase incontido. Sentiu um aperto no peito, uma clareza de pensamento descendo sobre si.

- Sei... como se quiséssemos acariciar o rosto lindo de quem mais amamos, estendermos a mão, e não encontrarmos ninguém diante de nós.

O outro o olhou com bondade e empatia, solidário.

- Isso mesmo. Você é moço, já sofreu tanto assim? Não, não responda, não é preciso, sua sensibilidade e seus atos já disseram tudo.

O moço conseguiu rir, apesar de tudo. Deu um sorrisinho, como se tivesse sido pego no flagra.

- Sou tão transparente assim? Achei que disfarçava bem.

- Só para os que não sabem ver além das simples aparências. Mas, vamos comer que o jantar está esfriando. É uma comida simples, mas saborosa.

Foi conduzido para a mesa. Então o ancião lhe perguntou:

- A propósito, o que acha desta música?

A resposta surgiu rápida, precisa.

- É só uma melodia. Quer dizer, não tem uma letra para ser cantada. Mas transmite e revela um amor impossível. E o que sobrou dele. Estou certo?

O ancião o olhou com mais respeito.

- Você sabe das coisas – comentou, simplesmente.

- Francamente, talvez eu não saiba...

- E quem é que sabe? Mas vamos começar, o jantar está esfriando.

Conversaram durante a refeição, depois se sentaram num banco da varandinha, ficaram vendo a lua cheia subir ao céu matizando tudo de dourado, o dourado que deveria ser a vida de todos nós.

O moço teve que responder muitas perguntas, muitas delas indiretamente pessoais, mas foi franco e sincero, não deixou uma só sem resposta.

Então, depois, face ao adiantado da hora, despediu-se.

Diante do carro o ancião colocou a mão em seu ombro e lhe disse de um modo surpreendente e inesperado.

- Enfim você chegou... Nós o esperamos há muito tempo. Não nos veremos mais, está na minha hora de seguir em frente, já cumpri meu destino aqui. Meus desígnios, como diria a senhora d’O Relicário.

- Desculpe, não entendi...

-Você entenderá, moço, você entenderá.

Ele riu.

- Sei, cada coisa a seu tempo.

- Isso, meu amigo. Até o dia de nosso reencontro do outro lado da ponte do arco-íris.

- Não estou gostando do rumo de nossa conversa... está soando tão definitivo...

O músico riu.

- Não se preocupe com isso. Como se diz muito por aqui, cada coisa a seu tempo.

O moço não teve mais o que dizer. Entrou no carro, deu partida, começou a sair lentamente. Então parou, cônscio que deixara de agradecer.

- Obrigado pelo jantar, amigo. E pela conversa.

- E eu lhe agradeço por trazer de volta meu sax, companheiro.

Pela expressão de seu rosto, quem sabe quisesse, do jeito dele, dizer mais do que isso.

 

VIII

Acordou confuso, sem saber ao certo se os acontecimentos da véspera haviam sido um sonho ou não. Havia sido uma noite insone, debateu-se entre as dúvidas, os incompreensíveis meandros da conversa que tivera com o músico, os inexplicáveis fatos e acontecimentos desde que ali chegara, as últimas palavras do ancião, sua despedida incompreensível.

- Ali trazido... – corrigiu, resignando-se enfim ao inevitável.

Foi tomar o café da manhã, decidido a partir logo após, achando que nada mais tinha a fazer ali.

Surpreendeu-se ao encontrar a senhora d’O Relicário (que também não sabia o nome, ocorreu-lhe tardiamente) à sua espera. Foi recebido com um sorriso caloroso.

- Podemos tomar o café juntos? – perguntou ela.

- Para mim é uma honra, senhora.

Puxou a cadeira para ela se acomodar, tomaram o café em silêncio, ele começou a se sentir desconfortável diante do olhar fixo mas  bondoso da senhorinha. Então, sem mais preâmbulos, ela colocou um grande envelope à sua frente.

- Sei que a gente deveria ter consultado você antes – disse – mas aí você teria a oportunidade de dizer não.

Ele a olhou com seriedade e medo. O que viria agora?

Hesitando, pegou o envelope, continha um documento. Estarrecido, viu que era uma escritura de transferência de posse. Em seu nome.

- O que significa isso? – perguntou com voz sumida.

Ela riu.

- Significa que agora você se tornou morador oficial deste município. Significa que agora você se tornou um de nós. Significa que agora você está diante de seus desígnios. E temo que não há a possibilidade de uma recusa, não é uma simples questão de pegar ou largar.

Aturdido, temendo que aquilo fizesse parte de um sonho, perguntou:

- Sim, mas o que significa isso?

Ela segurou sua mão que tremia.

- Significa, filho, que você está diante de seu destino. Agora você é o proprietário do sítio do flamboyant. Nosso músico foi tocar seu sax do outro lado da ponte do arco-íris. Como nosso irmão lhe disse e você não entendeu bem o que ele estava a lhe dizer. Ou não quis entender.

Hesitou, por um momento, vitimado por um medo invencível do que precisava perguntar.

- Ele... morreu?

A senhora riu.

- Morrer é uma palavra muito forte, filho. E também muito inexata. Vamos dizer que ele foi para outro nível de existência. Muito mais elevado, por sinal. Agora ele vive dentro de nosso coração. Mas, veja o que ele lhe deixou.

Na capa do documento, seu nome. Na folha interna de matrícula que ainda cheirava à tinta, sua qualificação completa como donatário e sua assinatura incontestável.

- Mas... não assinei isso... como vocês conseguiram minha documentação? Como fizeram isso da noite para o dia?

A senhora riu novamente, diante de seu espanto incontrolado, respondeu com bondade.

- Lembra-se que eu lhe disse que esta é uma cidade mágica, meu filho? Lembra-se que eu lhe disse que você foi trazido para cá? Agora você encontrou o seu destino. Agora muitas de suas perguntas vão começar a ter respostas. Este envelope também contém uma carta com instruções e algumas explicações de nosso irmão para você.

Levantou-se.

- Pode me levar até a porta, moço? – perguntou com doçura.

Ele afastou a cadeira para ela, deu-lhe o apoio do braço.

Saíram para a claridade do dia.

Estarrecido, ele deparou-se com a praça apinhada de moradores que lhe batiam incompreensíveis palmas, sentiu-se pela primeira vez realmente bem vindo num lugar.

Foi quando sua vida começou a divergir de uma forma que ninguém poderia entender. Ou imaginar. Nem ele próprio.

A senhora o beijou no rosto e lhe disse com suavidade:

- Seja bem vindo à cidade de Redenção, meu filho. Nossa cidade. Seu lar.

 

Leia:

Flamboyant Florido Intróito ao cap. II

 

Flamboyant Florido cap III ao cap. IV

 



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