Representantes da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente, Secretaria de Desenvolvimento Rural e Abastecimento e do Gabinete do vereador Eugênio Juraszek se reuniram nesta quinta-feira (12), para tratar da implantação de uma proposta do parlamentar de incentivar a criação de abelhas sem ferrão (meliponinis) no município.
O vereador que defendeu a iniciativa por meio de Indicação no Legislativo, explica que a intenção é criar maneiras de o Município incentivar os produtores rurais a criarem abelhas de espécies nativas brasileiras que não possuem ferrão, como é o caso da jataí, que é uma das mais conhecidas na região. Juraszek acrescenta que estas abelhas são responsáveis por grande parte da polinização de flores e plantas e a proposta visa ainda a preservação destas espécies pela conscientização dos jaraguaenses sobre a importância das mesmas.
O presidente da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente, Normando Zitta Júnior, explica que foi criado um grupo de trabalho que, na próxima segunda-feira (16), fará uma visita técnica ao Parque Natural Municipal Morro dos Stinghen, onde deverá ser implementado um projeto piloto, com algumas caixas para abrigar as colmeias. Ainda este mês, o grupo deve visitar projetos semelhantes em Itapoá e Curitiba, onde a criação de abelhas sem ferrão está sendo incentivada.
“Em agosto, ainda, pretendemos fazer uma reunião técnica e o lançamento oficial do programa”, informa.Para o presidente da Fujama, além da preservação das espécies, a iniciativa será importante para a educação ambiental, a polinização e se tornar uma fonte de renda aos produtores. “Futuramente, pretendemos inserir este mel na merenda escolar”, completa.No Brasil existem aproximadamente 300 espécies de abelhas nativas. No entanto, predomina a criação da espécie africanizada pela produção mais elevada de mel.
Em Jaraguá do Sul, a produção de mel se concentra em menos de dez propriedades, nas regiões do Garibaldi, Rio da Luz, Santa Luzia e Ribeirão Grande do Norte.