Representantes das indústrias moveleiras da região estarão
nesta terça-feira em Brasília para tentar revogar a decisão do
presidente Michel Temer, que incluiu o setor na Lei da Reoneração.
Com a medida, os moveleiros voltam a contribuir para o INSS sobre
a folha de pagamento com alíquota de 20% e perdem o direito de
pagar entre 2% e 4% do faturamento bruto, que era mais vantajoso
e trazia mais competitividade internacional.
Segundo levantamento do Sindusmobil, somente as indústrias
de São Bento do Sul e Campo Alegre pagarão uma conta de
aproximadamente R$ 20 milhões, decorrente das concessões que o
governo federal fez aos caminhoneiros na semana passada. O valor
é baseado em uma estimativa da reoneração da folha de
pagamento e da redução dos créditos do Reintegra das indústrias
exportadoras.
Para o presidente do Sindusmobil, toda a população da região
perde com a medida, em especial os 5.500 empregados do setor
moveleiro que acabam sendo afetados pelo aumento de custos
tributários das empresas. “Na sua costumeira incompetência, o
governo eleva gastos aumentando os impostos, quando deveria
fazer o raciocínio inverso: diminuir gastos para reduzir impostos”,
avalia José Antonio Franzoni.
Na terça-feira, em Brasília, a comitiva da região terá
audiências na Câmara dos Deputados, Ministério da Fazenda e
Itamaraty. Além do presidente do Sindusmobil, integram a equipe os
empresários Daniel Lutz, presidente da Abimóvel – Associação
Brasileira do Mobiliário, e os diretores da instituição Anor Katzer e
Márcio José Froehner.