O setor moveleiro conseguiu entrar no relatório que trata da desoneração da folha de pagamento, que deverá ser encaminhado pela Câmara dos Deputados ao governo na próxima semana. A decisão foi tomada ontem à noite, em Brasília, na presença de empresários que representam a Abimóvel, o Sindusmobil e demais sindicatos moveleiros de outros estados.
Segundo o presidente do Sindusmobil e diretor da Artefama, a desoneração é imprescindível para manter o setor competitivo em nível mundial. “Sem esse diferencial, aumentaríamos nossos custos consideravelmente, o que poderia inviabilizar negócios no mercado internacional. Com a desoneração, nos tornamos mais competitivos para manter e buscar novos mercados”, destaca José Antonio Franzoni.
O Sindusmobil atuou de forma ativa para convencer o relator do projeto, deputado Orlando Silva, a incluir o setor moveleiro no relatório final. O presidente da instituição destaca a importante participação do deputado federal Mauro Mariani nessa negociação, que abriu as portas aos moveleiros na capital federal.
Em audiência na Câmara dos Deputados, o presidente da Abimóvel – Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário, o são-bentense Daniel Lutz, realizou uma consistente apresentação do setor, demonstrando a sua importância no cenário nacional e os impactos positivos que a desoneração trará para a melhoria da competitividade, as exportações e a geração de empregos.
Para o presidente da Câmara do Setor Moveleiro da Fiesc e diretor da Móveis Weihermann, Arnaldo Huebl, a inclusão do segmento é relevante para a economia, considerando ser um dos que mais geram empregos. A indústria de móveis é o oitavo setor que mais emprega no Brasil, com 283 mil postos de trabalho.
O diretor da Móveis 3 Irmãos, de Campo Alegre, destaca que a entrada no projeto foi essencial para se manter no processo de desoneração. “Se permanecermos com o benefício, poderemos manter nossa competitividade, o que pode gerar incremento nos negócios”, informa Márcio Froehner. O diretor da Móveis Herli, de Rio Negrinho, confirma que as empresas precisam achar maneiras de se tornarem competitivas. “Com a manutenção da desoneração, melhoramos nosso poder de negociação com os clientes”, diz Márcio Ruckl