Nascido na França em meados dos anos 40, Raul de Taunay é o segundo entre os sete filhos do diplomata de carreira e professor, Jorge d’Escragnolle Taunay, casado com Mary Elizabeth Penna e Costa d’Escragnolle Taunay. Passou os primeiros anos de vida na França e na Dinamarca, iniciando depois estudos primários nos Estados Unidos, México, Peru, Argentina e Brasil.
Em 1972, ano que se formou, passou no concurso do Instituto Rio Branco (IRBr) para diplomatas, e, posteriormente, viu-se aprovado no exames do Curso de Preparação à Carreira de Diplomata, ingressando no ano de 1974, como terceiro-secretário e, a partir disto, obteve uma carreira nas embaixadas e consulados.
Raul ocupou o cargo de embaixador em 20 países, os quais serviram de aprendizados para conhecer novas culturas, costumes e regionalidades. A partir de sua vasta experiencia, o embaixador resolveu usar todos o conhecimento adquirido ao longo dos anos para difundir todo o aprendizado, e escolheu a literatura como ferramenta.
Considerado uma das grandes revelações da poesia brasileira contemporânea, Raul de Taunay, atualmente, escreve romances, livros de poesias, ensaios, artigos e análises do cenário internacional. Em 2005, por unanimidade, foi-lhe outorgada a Medalha João Ribeiro, pela Academia Brasileira de Letras.
Na suas obras, Raul relatou momentos difíceis vivenciados, como períodos conflituosos em solo angolano, os quais relata com maestria na obra “Meu Brasil Angolano”, que serve de instrumento de pesquisa para historiadores e pesquisadores acadêmicos
Outro livro influenciado por sua trajetória é “O Andarilho de Malambo”, que retrata as exóticas paisagens de Malabo, capital da Guiné Equatorial, e também passa pelos cenários mais diversos, de Roma a Trípoli, de Pyongyang a Libreville, com algumas escalas em terras brasileiras.
Sua mais recente obra, “Poemas ao Desabrigo” revela a harmonia fugaz entre forma, beleza, crueza e liberdade, numa sequência de odes, elegias, trovas, baladas e sonetos marcantes e inesquecíveis.