Rio Negrinho - Formação capacita agentes de defesa das crianças e adolescentes

A quarta-feira foi de capacitação para membros do Conselho dos Direitos da Criança e Adolescente, diretores de escolas, conselheiros tutelares e da área de saúde. Em pauta, a melhoria da articulação entre esses órgãos e ampliação do conhecimento sobre a Política de Atendimento aos Direitos da Criança e do Adolescente. A abertura do evento ocorreu logo cedo, e contou com a presença do prefeito Julio Ronconi e do palestrante Guilherme Cechelero e ao longo do dia os participantes trabalharam o tema no auditório do Iprerio.

A capacitação estava prevista no plano de ação do CMDCA e teve ao todo 8 horas, ministradas por Cechelero. Na abertura, Julio ressaltou a importância da ação. “Quero parabenizar o CMDCA. Acho que a capacitação é fundamental, temos que capacitar cada vez mais às pessoas que lidam com as crianças no dia a dia, para que possamos ter um entendimento cada vez melhor. As crianças não são culpadas, são vítimas de uma situação que elas vivem, nossa principal missão é saber lidar com isso e identificar”, ressaltou Julio.

O prefeito lembrou ainda que no início do ano, durante uma palestra para a Educação, tratou do tema e como identificar os casos. “Temos que olhar nossas crianças de uma forma diferente. E isso passa por uma capacitação com os principais atores envolvidos. Temos que saber qual é o papel de cada um. Disse na minha primeira palestra na educação, que aquela criança que está lá na sala de aula que mais dá problema, é a que mais está pedindo socorro, é ela que está gritando por dentro, pedindo socorro. Porque criança nenhuma fará esse tipo de atitude se dentro de casa ela tem um tratamento com carinho”, observou o prefeito. Para ele, o mau comportamento as vezes é reflexo do que a criança e o adolescente vive. “Quem são os heróis das crianças? Não é o Super-homem, os professores, o tio... Os heróis das crianças é o pai e a mãe. Se você tem um pai dentro de casa, que briga, que bebe, que usa drogas, que bate na mãe, a criança vai reproduzir esses atos, vai para a escola e fará isso, porque é isso que ela está vivenciando”, analisou Julio. “Muitas vezes o problema está com a família, não só com a criança, por isso o atendimento tem que ocorrer também com a família”, disse.