A biblioteca pública Heládio Olsen Veiga, mantida pela Prefeitura de Rio Negrinho, é finalista do Programa Ibero-americano de Bibliotecas Públicas – Iberbibliotecas. Participaram ao todo 165 projetos de países como Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Espanha, México, Paraguai e as cidades de Buenos Aires (Argentina) e Medellín (Colômbia) e a biblioteca rio-negrinhense é uma das aprovadas na seleção inicial e agora está habilitada para a fase final do programa, que destina recursos para consolidar as bibliotecas públicas como espaços de livre acesso à informação e à leitura, trabalhar pela inclusão social e contribuir para a qualificação da educação e do desenvolvimento.
De acordo com o presidente da Fundação de Cultura Adilson Figueiredo, o programa recebeu 165 projetos dos sete pontos focais ativos do programa e todos foram revisados pela Unidade Técnica para assegurar que estivessem de acordo com os requisitos formais básicos e verificar que os objetivos dos projetos estivessem diretamente relacionados com as duas categorias de projetos. “Nosso projeto visa oportunizar o melhor acesso da população aos livros que o município disponibiliza, trazendo a biblioteca mais próxima do público, integrando-as pelo sistema multiacervo web”, destaca Adilson.
Conforme ele, o projeto cadastrado no programa visa ainda melhorar o sistema atual, integrando a biblioteca central com a do Distrito de Volta Grande e, posteriormente, criar uma nova extensão no bairro Industrial Norte. “Queremos dinamizar o acesso do acervo, aumentando a atual procura pelos livros e melhorar o sistema atual da biblioteca do município, ampliando o acervo e distribuindo-o de forma a atender a biblioteca central e a biblioteca do distrito de Volta Grande, distante cerca de 40 quilômetros do Centro”, explica o presidente.
A biblioteca central conta com um acervo de 23 mil volumes, não podendo mais ser ampliada por falta de estrutura predial, a qual não suporta aumento deste volume. O projeto pretende ainda ampliar o acervo, deslocando-o conforme a procura, reservas, agendamentos. “Para isso precisamos migrar o sistema atual, integrando estas duas bibliotecas do município, descentralizando-a do centro da cidade”, cita Adilson. O acervo da biblioteca central tem uma procura média de 1000/livros por mês, sendo destes, mais literatura seguido de livros de pesquisa. E a distrital com uma média de 150 livros/mês diversos. “O acervo construído até hoje em nossa biblioteca conta com 80% de doação e apenas 20% foi adquirido com recursos públicos. Temos um sistema interno de cadastros destes 23 mil livros, atualizado e mantido pela Prefeitura. O suporte deste sistema (multiacervo) ofereceu recentemente uma nova atualização que possibilita ao usuário consultar o acervo on-line, sendo que, não migramos devido a falta de recursos”, esclarece o presidente.
O sistema atual possibilita somente a pesquisa interna de cadastros dos livros, livros disponíveis e emprestados, lista de livros em reserva, e assim atende as pessoas que se deslocam a biblioteca central. “Já na biblioteca do distrito, não possuímos nenhum sistema do acervo 500 livros”, explica Adilson.
Ainda segundo o presidente, percebeu-se a necessidade de se descentralizar a biblioteca central a algum tempo, mas devido a um sistema interno único, que não possibilita a comunicação entre dois postos de atendimento ou on-line, bem como a falta de um acervo mais amplo, não foi viabilizada tal descentralização. “O acervo da biblioteca central não atende satisfatoriamente as duas sedes, sendo necessária a aquisição de livros nas mais diferentes categorias: adulto, infantil e infanto-juvenil”, encerra ele.
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