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Cinco empregadores de SC entram na 'lista suja' do trabalho escravo

Segunda, 27 de março de 2017


O Ministério do Trabalho divulgou uma lista de empregadores acusados de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão em todo país. Cinco deles, que estão na chamada "lista suja", são de Santa Catarina, como mostrou o Jornal do Almoço deste sábado (25).

 

As cinco ficam em áreas rurais do Sul, Oeste e Vale do Itajaí. A fiscalizacao do Ministério do Trabalho entre 2014 e 2015 encontrou 30 trabalhadores em plantações de batata, fumo, cebola e erva-mate em condições de trabalho escravo.

 

"Trabalho escravo contemporâneo não é um trabalho acorrentado. Ainda que a privação de liberdade é um dos motivos do trabalho escravo, mas ele é um conjunto de situações que tira o trabalhador daquele patamar mínimo de dignidade que ele teria direito", explica Lilian Resende, fiscal do Ministério do Trabalho.

 

Colchões que são pedaços de espuma, banheiros estragados, sem pia e muita sujeira. Desde 2009, mais de 40 casos assim foram encontrados em Santa Catarina. Os patrões são multados e respondem na Justiça a ações penais e por danos morais coletivos.

 

Os trabalhadores, que na maioria das vezes chegam de outros estados, são obrigados a voltar imediatamente para as suas cidades.

 

Acabar com essa prática é difícil. Em Santa Catarina essa missão se torna impossível com o número de fiscais que o estado tem. Ao todo, são 58 auditores para fiscalizar as produções rurais, o comércio, a indústria, a construção civil e demais atividades. Além disso, o predomínio da agricultura familiar é outro fator que favorece essas condições de trabalho.

 

"Hoje as famílias reduziram, eles precisam de mão de obra, mas eles ainda não se veem como empregadores. E eles fazem uso da mão de obra dos "gatos", que são pessoas que enfiam trabalhadores em um ônibus velho, caindo aos pedaços, e alojam em qualquer lugar e em qualquer condição", afirma Lilian. 

 

Para a fiscal, o envolvimento dos governos ainda é pequeno para exterminar o trabalho escravo. "Eu tentei várias vezes parcerias com o Estado e a gente não tem muito acesso. A fiscalização do trabalho é vista como um incômodo. Aquele pessoal que vai atrapalhar o produtor que quer produzir, trazer lucro e crescimento econômico. Só que o crescimento econômico tem que existir baseado na dignidade da pessoa e não a qualquer custo".

 

A lista está disponível no site do Ministério do Trabalho. A RBS TV entrou em contato com a Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), que não se posicionou sobre o caso.

 

clicRBS



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