A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta segunda-feira aOperação Greenfield, com o objetivo de apurar fraudes, crimes de gestão e descumprimento de normas em quatro dos maiores fundos de pensão do país. Em Santa Catarina, agentes federais cumprem três mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva e outro de mandado de prisão temporária na cidade de Florianópolis.
Segundo o delegacia de PF no Estado, todas as diligencias são concentradas no Distrito Federal e não haverá divulgação dos nomes dos investigados e endereços onde foram feitas buscas. Já conforme explicou assessoria de imprensa em Brasília, um balanço da operação será divulgado somente no fim do dia.
As investigações se concentram na Fundação dos Economiários Federais (Funcef), no Fundo de Pensão dos Trabalhadores de Petrobras (Petros), na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e no Instituto de Previdência Complementar (Postalis).
Outros 122 mandados judiciais expedidos pela 10ª Vara Federal ocorrem no Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná e Amazonas. A decisão judicial ainda determinou o sequestro de bens e o bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas que são alvos da operação, no valor aproximado de R$ 8 bilhões.
A operação
Segundo a PF, a ação é ancorada em 10 casos suspeitos de fraudes nos fundos de pensão em todo o país. Os investigados podem responder, na medida de suas participações, por gestão temerária ou fraudulenta, além de outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, previstos na lei nº 7.492/86.
Participam da operação cerca de 560 policiais federais, além de 12 inspetores da CVM, quatro procuradores federais, oito auditores da Superintendência Nacional de Previdência Complementar e sete procuradores da República. Ministério Público Federal e a servidores da Comissão de Valores Mobiliários também integram a ação.