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Cade apura cartel em esquema de fraude em licitações de ônibus

Quinta, 04 de agosto de 2016

Empresas podem ser impedidas de firmar contrato com poder público. 
Documentos exclusivos indicam fraude em licitações em 19 cidades.

 
 

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou que há uma investigação em curso para apurar a prática de cartel no suposto esquema de fraude em licitações de ônibusrevelado nesta quinta-feira (3) pelo G1.

Conforme documentos exclusivos, o esquema operou em pelo menos 19 cidades de sete estados e do Distrito Federal com o objetivo de favorecer, principalmente, empresas de duas famílias – Constantino e Gulin.

ENVOLVIDOS EM SUPOSTAS FRAUDES NEGAM IRREGULARIDADES

Entre os documentos, há troca de e-mails entre empresários, advogados e funcionários de prefeituras sobre a elaboração de editais de forma a atender os interesses das empresas nas licitações.

Em alguns casos, os empresários combinam com empresas “parceiras” participação na concorrência apenas para “perder” e viabilizar a vitória dos grupos Gulin e Constantino, o que poderia configurar cartel – associação entre empresas do mesmo ramo com objetivo de dominar o mercado e limitar a concorrência. 

Em nota, o Cade informou que está atuando em cooperação com o Ministério Público, para identificar os crimes que possam ter ocorrido nas licitações de transporte público.

“A Superintendência-Geral do Cade já tem uma investigação em curso para apurar a ocorrência de suposto cartel em licitações nesse mercado. Cabe ressaltar que a Superintendência-Geral do Cade já vem mantendo contato com o Ministério Público para articular as investigações e continuará cooperando com o órgão”, diz o órgão de defesa da concorrência, que destacou que as investigações tem “conteúdo sigiloso”.

Os documentos obtidos pelo G1 põem sob suspeita licitações em Brasília e em cidades de Santa Catarina, Paraná, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará, Em vários casos, os editais de licitação- que deveriam ter sido feitos pelas prefeituras – são redigidos pelos próprios empresários e advogados meses antes do anúncio oficial da licitação.

Se o Cade verificar que houve cartel na atuação dessas empresas, elas poderão ser impedidas de firmar contratos com o poder público, tanto no âmbito municipal, quanto estadual e federal, pelo prazo mínimo de cinco anos.

Além disso, se condenadas, as empresas poderão ter de pagar multas que variam de 0,1% a 20% do faturamento bruto da companhia, obtido no ano anterior ao da instauração do processo administrativo.

Já os administradores eventualmente responsáveis pela infração estão sujeitos a multas de 1% a 20% daquela aplicada à empresa. No caso de condenação das demais pessoas físicas (não administradores), as multas podem variar entre R$ 50 mil e R$ 2 bilhões.

Os condenados por cartel podem também podem ser proibidas de contratar com instituições financeiras oficiais e de parcelar débitos fiscais.

Arte Fraude Licitações Ônibus - vale este (Foto: Editoria de Arte/G1)
 
G1


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