
Nove rodovias estaduais do Norte e do Oeste catarinense foram analisadas por um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Na avaliação da entidade, as estradas, que somam 690 quilômetros, carecem de manutenção e conservação. Segundo o órgão, nos últimos cinco anos, foram feitos apenas serviços de roçada e "tapa-buracos".
A análise foi apresentada em uma reunião da Câmara de Transporte e Logística da entidade, nesta quarta-feira (3). As rodovias SC-135, 350, 355, 453, 452, 150, 464, 451 e 120 foram avaliadas pelo engenheiro Ricardo Saporiti nos meses de abril, junho e julho.
O estudo aponta a deterioração do pavimento em alguns trechos, como da SC-135, em uma extensão de 28 quilômetros no segmento próximo à BR-280, entre Porto União e Matos Costa, ambas no Norte catarinense.
O investimento para restaurar esta parte da estrada é estimado pela Secretaria de Estado da Infraestrutura em R$ 53 milhões, valor que equivale a cerca do dobro do custo da rodovia há 10 anos.
Pontos críticos
Em um trecho da SC-350, entre o distrito de Taquara Verde, em Caçador até a BR-153, o estudo apontou a urgência de restauração, com a remoção do pavimento danificado e reparos profundos como recapeamento.

Entre os trechos com problemas está também a SC-135, que inclui Videira, Rio das Antas e Caçador, no Oeste do estado, com buracos no asfalto entre os km 115 e 116,3. Na SC-452, entre Fraiburgo e a BR-470, foram verificados “trincamento, desagregação e afundamento do pavimento em vários pontos”, indicou o estudo.
“A execução de serviços de recuperação, manutenção, monitoramento, conservação e melhorias são imprescindíveis tanto para obras em execução, como também as já concluídas para melhorar a competitividade e as condições de infraestrutura”, afirmou engenheiro Ricardo Saporiti.

Obras em andamento
Conforme a Fiesc, os reparos e limpeza das rodovias são executados pelas Agências de Desenvolvimento Regionais (ADRs) de Caçador, Videira, Curitibanos e Joaçaba, cujo orçamento é insuficiente para a manutenção e recuperação.
O documento apresenta também a execução de obras de implantação, pavimentação, como a ponte sobre o Rio Estreito, na SC-453, entre Luzerna e Tangará, em fase de conclusão; na SC-135, de Tangará a Videira, há obras de pavimentação e modernização e a SC-355 foi considerada em bom estado de conservação.
Competitividade
Na opinião do presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, o estado terá que encontrar uma solução para investir nas estradas, para que deixem de ser um entrave à competitividade.
O Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) informou por meio de sua assessoria que até o fim da tarde desta quarta-feira não havia recebido ainda o documento sobre as rodovias analisadas no estudo da Fiesc, mas que assim que o tiver entrará em contato com as superintendências de cada região para elaborar uma resposta à entidade.
G1