Frio anima produtores de maçã e uva, mas traz preocupação com doença

Nas baixas temperaturas, as folhas caem das macieiras (Foto: Reprodução/RBS TV)

O inverno típico que ocorre em Santa Catarina este ano anima os produtores de maçã e uva do Oeste e da Serra. Porém, traz preocupação com o cancro europeu, doença que já atingiu pomares do Rio Grande do Sul.

Durante o inverno, os pomares de maçã entram na fase de dormência. O metabolismo das macieiras diminui bastante e as folhas caem. O frio maior dos últimos dois anos anima os produtores. As temperaturas mais baixas podem fazer aumentar a produtividade e a qualidade nos pomares.

"Este ano, as horas de frio, as unidades de frio, esses parâmetros que a gente usa para medir o frio, estão bem acima de uma média histórica. E isso nos deixa animados para que a gente tenha uma boa safra este ano", disse o consultor técnico João Meyer à RBS TV.

Doença
O frio traz esperança de uma safra melhor, mas também aumenta a atenção com as doenças. Esse período de dormência deixa os pomares vulneráveis para o cancro europeu. Causada por um fungo, a doença já está presente no estado gaúcho. Para evitar que ela chegue a Santa Catarina, os produtores investem.

"Nós temos um protocolo que foi gerado pelos órgãos oficiais e que nós devemos cumprir. Para fazer o controle efetivo e que essa doença não venha a ter importância na nossa região.", explicou o produtor Wilson Rodrigues.

Uvas
Existem outras culturas tradicionais na região que também estão em dormência. Nos parreirais, a situação é bem parecida. As folhas caíram e os galhos estão secos. As parreiras também estão nesse período de descanso, que é fundamental para a qualidade da uva.

Esse inverno típico anima os produtores. Eles esperam recuperar as perdas da última safra, que chegaram a 70%. "A tendência de chuvas de pedra e de geadas tardias é bem menor quando há o inverno rigoroso", afirmou o produtor Celso Panceri.

G1