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Após pagar fiança de R$ 1 milhão, Ronan Maria Pinto deixa prisão

Sexta, 08 de julho de 2016

Empresário colocou tornozeleira eletrônica e foi solto nesta sexta (8), no PR.
Ele é acusado de receber dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras.

 

Do G1 PR

Ronan Maria Pinto e Silvio Pereira, presos durante a 27ª fase da Operação Lava Jato, chegam ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito, em Curitiba (PR) (Foto: Rodrigo Felix Leal/Futura Press/Estadão Conteúdo)Ronan foi preso na 27ª fase da Lava Jato (Foto: Rodrigo Félix Leal/Futura Press/Estadão Conteúdo)

O empresário Ronan Maria Pinto deixou a prisão nesta sexta-feira (8), por volta das 16h, após pagar fiança de R$ 1 milhão e colocar tornozeleira eletrônica. Preso preventivamente desde a 27ª fase da Operação Lava Jato, ele obteve decisão favorável em segunda instância e sai com liberdade condicional. Ele estava detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

 
27ª FASE DA LAVA JATO
PF apura beneficiários de esquema

Conforme a defesa do empresário, ele deverá permanecer em casa à noite e aos finais de semana.

"Pedimos que a prisão fosse revogada e que ele cumprisse outra medida", esclarece o advogado Fernando José da Costa.

De acordo com as investigações, Ronan Maria Pinto, empresário dono do jornal Diário do Grande ABC, recebeu R$ 6 milhões do esquema de corrupção na Petrobras.

A quantia, conforme o MPF, foi repassada por meio de um empréstimo de R$ 12 milhões feito pelo pecuarista José Carlos Bumlaijunto ao Banco Schahin. Deste total, os outros R$ 6 milhões foram destinados a campanhas eleitorais com apoio do PT.

Bumlai reconheceu em depoimento que fez o empréstimo de R$ 12 milhões a pedido do PTe disse que a quantia nunca foi paga ao banco. O MPF diz que a dívida do pecuarista foi, na verdade, um pagamento de propina da Schahin, cuja empresa de engenharia pertecente ao grupo fechou um contrato no valor de US$,1,6 bilhão para o aluguel de navios-sonda para a Petrobras.

Para chegar até Ronan Maria Pinto, os recursos foram enviados para outras empresas, disfarçando o destinatário final. O operador do mensalão Marcos Valério afirmou que o dinheiro foi pago a Ronan porque ele extorquia dirigentes do PT.

O MPF sustenta que Ronan usou os recursos para comprar ações do Diário do Grande ABC, que estava ligando ele a denúncias da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

Ronan nega que tenha feito algum tipo de chantagem e disse que os recursos que recebeu tinham como objetivo pagar a compra de uma nova frota para a empresa de ônibus da qual também é proprietário.

Ele é réu em uma ação penal perante o juiz Sérgio Moro na primeira instância da Justiça Federal, respondendo pelo crime de lavagem de dinheiro.

G1 tenta contato com o advogado de Ronan, Fernando José da Costa. À época em que foi apresentada a denúncia, a defesa de Ronan Maria Pinto afirmou que iria comprovar que o empresário não cometeu crime financeiro. Segundo eles, todos os atos foram lícitos, em todas as operações financeiras indicadas pelo MPF.



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