A Secretaria da Agricultura e da Pesca e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) anunciam a desinterdição das áreas de cultivo de moluscos bivalves nas localidades de Fazenda da Armação e Balboa, no município de Governador Celso Ramos. Exames laboratoriais comprovaram que os cultivos de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões nessas duas localidades estão livres da toxina diarreica (DSP), e a partir desta sexta-feira, 8, está liberada a retirada, comercialização e consumo dos moluscos dessas áreas.
Atualmente, das 39 áreas de cultivo de moluscos em Santa Catarina 16 seguem interditadas, 15 liberadas e oito parcialmente interditadas. Nas localidades de Perequê, Ilha João da Cunha, Araça, Tijuquinhas, São Miguel, Barro Vermelho, Passagem do Maciambú e Ponta do Papagaio são permitidas apenas retirada, comercialização e consumo de ostras. No dia 26 de maio, a Secretaria da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) interditaram todo o Litoral catarinense, proibindo a retirada, comercialização e consumo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões das áreas de cultivo. A medida foi necessária devido à presença de toxinas que podem causar intoxicação alimentar.
A desinterdição das áreas é possível após dois laudos laboratoriais consecutivos comprovando que não há mais a presença da toxina diarréica nos moluscos. A Cidasc continua monitorando as áreas de produção de moluscos bivalves e, com base nos resultados das análises, poderá fazer a liberação gradual ou a manutenção da interdição das áreas afetadas. A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dynophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. A presença de Dynophysis é conhecida em Santa Catarina e, por isso, os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Cidasc no Litoral.
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