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Uma empresa de Pomerode, no Vale do Itajaí, conquistou a medalha de prata no no International Chocolate Awards, prêmio internacional de chocolates finos. A catarinense era a única empresa brasileira em sua categoria. Os vencedores foram conhecidos na última segunda-feira (27) em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
A competição é considerada uma das mais importantes do ramo no mundo todo. A conquista da Nugali foi na categoria de 'chocolates amargos puros', que teve mais de 600 fabricantes inscritos das Américas, Ásia e Oceania.
"Essa categoria é muito importante para nós, pois valoriza o chocolate em si, o chocolate puro mesmo. Nossa ideia é buscar o ouro no ano que vem", afirma Ivan Blumenschein, fundador da marca.
A empresa
A Nugali foi fundada em 2004 por um casal que decidiu mudar radicalmente de ramo. Maitê Lang e Ivan Blumenschein trabalhavam na Embraer como engenheiros em cargos de gerência e administração. Foi a partir de pedidos de amigos que eles tiveram a ideia empreendedora.
"Toda vez que a gente viajava alguém pedia para trazer chocolates finos do exterior. Daí a gente começou a pensar que existia essa demanda no Brasil e começamos a estruturar a ideia", disse Blumenschein.
Livros e visitas
Conforme o sócio, os dois começaram a ler sobre produção de chocolates e visitar fábricas de pequeno porte. Atualmente, a empresa conta com 30 empregados, todos em Pomerode. São 650 pontos de venda, entre cafés e delicatessen, no país e no exterior.

Há três anos, o casal começou a exportar, e já alcança Japão, Emirados Árabes, Peru e Estados Unidos. Entretanto, diz que não pretende expandir muito os negócios.
"Acredito que prezar pela alta qualidade é mutuamente excludente a um sistema seriado de grande escala. Vamos fazer uma fábrica nova em Pomerode, até porque nos cobram uma sede para visitação, mas a ideia não é ser 'grande'", afirmou Blumenschein.
Para participar, o casal teve de mandar para a organização nos Estados Unidos amostras do chocolate. Depois de uma triagem, um grupo de sommelier e especialistas em chocolates fez a seleção dos finalistas.
"Nós 'namorávamos' o prêmio desde 2012. Fomos desenvolvendo um chocolate fino, de cacau de origem de poucos produtores, melhorando o produto e evoluindo", afirmou Blumenschein.