A Volvo Ocean Race anunciou o retorno a Itajaí nesta quarta-feira. A regata, que é considerada a Fórmula 1 dos Mares, terá na edição 2017-2018 a distância mais longa de sua história, navegando por quatro oceanos e com paradas em 11 cidades em cinco continentes, num total de 45 mil milhas náuticas.
Esta será a terceira vez que a regata vai aportar na cidade. Salvador (BA) e Rio de Janeiro também concorriam para receber a prova, que reúne alguns dos melhores velejadores do mundo.
Assim como nas últimas edições (2012 e 2015), Itajaí será o ponto de chegada após o trecho mais difícil da prova, a passagem pelo Cabo Horn, no extremo sul do planeta, que é considerado o mar mais radical do mundo.
A Volvo Ocean Race parte de Alicante, na Espanha, e segue para Lisboa, em Portugal, no final de 2017. A frota então segue para a Cidade do Cabo, na África do Sul, e dali para Hong Kong (uma das pernas mais longas da história da corrida) e Guanzhou, na China, onde será feita uma parada estratégica sem pontuação.
Os barcos voltam a Hong Kong e se dirigirão a Auckland, na Nova Zelândia, de onde partem em direção a Itajaí. O trajeto então seguirá o roteiro da última edição, seguindo em direção ao norte para Newport, nos Estados Unidos, e atravessa o Atlântico para retornar à costa britânica pela primeira vez nos últimos 12 anos.
A frota chegará a Cardiff, capital do País de Gales, em maio de 2018, e seguirá por uma perna curta _ mas difícil _ até Gotemburgo, na Suécia. A regata termina em Haia, na Holanda.
Embora o número de milhas navegadas e de paradas pelo caminho seja o maior da história, a regata terá um mês a menos do que nas últimas edições.
_ Mais ação, mais velocidade, mais dificuldades pelo caminho e mais paradas, mas uma corrida mais curta - é uma evolução na direção certa e um movimento que levará a regata para mais perto de suas raízes e sua herança, ao mesmo em que incrementa o forte valor comercial e um excelente case de negócios para os patrocinadores _, disse Mark Turner, que assumiu o posto de CEO da Volvo Ocean Race no início do mês.
Royalties
Os royalties da regata serão pagos pelo Estado, em valor ainda não divulgado. Para garantir que a prova ocorra, será necessário enviar um projeto de lei para a Câmara de Vereadores de Itajaí. Isto porque, quando a prova aportar por aqui, a cidade estará sob o comando de um novo prefeito.
Além de despertar a paixão dos itajaienses pela vela, a estimativa é que a passagem da prova pela cidade tenha gerado R$ 50 milhões em negócios para Santa Catarina.
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