Vereadora classificou como desumana a decisão de paralisar temporariamente o
fornecimento em virtude da transferência da Farmácia do SUS
Usuários que foram até a Farmácia do SUS entre os dias 22 e 24 de junho voltaram para casa
frustrados por não conseguirem retirar medicamentos controlados. A interrupção temporária
no fornecimento se deu em virtude da mudança do setor para a nova Policlínica Municipal,
recém inaugurada.
Ao ocupar a tribuna da Câmara na noite de segunda-feira, 27, vereadora Cris Arrabar (PR) não
poupou críticas à decisão, classificando-a como desumana. “Brincaram com a vida das
pessoas”, disparou, ao lembrar que os usuários necessitam dos medicamentos por serem de
uso contínuo e para suas próprias sobrevivências.
Cris disse ter verificado o problema in loco. Ao tentar fazer a retirada de medicamento para
uma parente na quarta-feira, 22, recebeu a informação de que a entrega estava cancelada.
Inicialmente a alegação foi de que com a mudança do setor, estava inoperante o sistema on
line para o cadastro de retirada e dos dados do usuário da medicação. “Até sugeri que fosse
feito manual e que depois alimentassem as informações no sistema”, garantiu.
Foi ainda informado que alguns medicamentos não estariam sendo entregues em razão da
transferência do estoque para a nova sede. “Custava terem deixado uma ou duas caixas de
cada medicação para continuar atendendo os usuários?”, questionou.
A vereadora disse ter entrado em contato com secretária de Saúde, Ângela Damaso da Silveira,
que teria prometido resolver a situação.
Quando retornou à Farmácia do SUS na quinta-feira, 23, Cris falou que o discurso já era outro.
Ouviu atendentes do setor informarem, a uma pessoa, de que medicamentos estavam em
falta e só chegariam na segunda-feira, 27. Ou seja, só estariam disponíveis à população no dia
da abertura oficial da nova Policlínica.
Medidas
Sob a justificativa de falta de gestão e capacidade administrativa no momento de transferência
da Farmácia do SUS para a nova sede e, por consequência, a paralisação temporária do
fornecimento de medicamentos, é que a vereadora está encaminhando moção de repúdio à
secretaria municipal de Saúde.
Por meio de requerimento dirigido à pasta de Saúde, Cris está perguntando de quem partiu a
ordem para a interrupção na entrega dos medicamentos. Já em outro requerimento a
vereadora está cobrando a abertura de sindicância para apurar e penalizar os responsáveis
pela decisão de paralisar o fornecimento de medicamentos. Cris ainda está solicitando, através
de outro requerimento, informações referentes aos protocolos e a listagem dos medicamentos
recebidos pela Farmácia do SUS no mês de junho.