Santa Catarina ficou em 7º lugar na lista dos estados que mais abriram empresas com 29 mil empresas no 1º quadrimestre do ano. O crescimento foi de 11,4% em comparação com o mesmo período em 2015, o terceiro maior crescimento entre as unidades da federação. Os números foram divulgados nesta terça-feira, 23, pela Consultoria Serasa Experian, com base nos registros de novas empresas nas juntas comerciais de todas as Unidades Federativas do Brasil e na pesquisa de novos CNPJs.
Mais microempresas
No primeiro quadrimestre de 2016 o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) totalizou 540.772, crescimento de 10,4% sobre o mesmo período de 2015. Esse é um fenômeno que vem ocorrendo ao logo dos anos e a microempresa foi a única natureza jurídica a apresentar crescimento no quadrimestre, enquanto as demais tiveram recuo.
Na avaliação da equipe de economistas da Serasa Experian, o aumento se deve exclusivamente pelo surgimento de novos microempreendedores individuais (MEIs). Este movimento tem sido determinado, principalmente, pela perda de postos formais no mercado de trabalho (aumento do desemprego no País) por causa da recessão econômica, impulsionando trabalhadores desempregados a buscarem, de forma autônoma e formalizados, alternativas econômicas para a geração de renda.
Setor
No primeiro quadrimestre de 2016, o Brasil contabilizou 674.975 novas empresas, o maior registro para o período desde 2010. O número é 4,1% maior que no primeiro quadrimestre de 2015, quando foram registrados 648.488 nascimentos. Porém, em abril, houve queda de 5,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 158.774.
O setor de serviços continuou sendo o mais procurado pelos empreendedores nos primeiros quatro meses de 2016, com a abertura de 425.026 novas empresas no segmento, o equivalente a 63,0% do total de nascimentos. Em seguida, 192.002 empresas comerciais (28,4% do total) surgiram nos três primeiros meses do ano e, no setor industrial, foram abertas 56.266 empresas (8,3% do total).
O indicador revela um crescimento constante na participação das empresas de serviços no total de negócios que surgiram no país nos últimos seis anos, passando de 52,8% (abril de 2010) para 63,0% (abril de 2016). Por outro lado, a participação do setor comercial tem recuado gradativamente: de 35,9%, em abril de 2010, para 28,5%, em abril deste ano. Já a participação das novas empresas industriais se mantém estável.