O preço do leite Longa Vida aumentou nesta semana em Santa Catarina e assustou muitos consumidores. Em algumas cidades, como Florianópolis, o valor do litro de leite ultrapassou os R$ 6. Em Criciúma, no entanto, os valores se mantiveram abaixo dos R$ 4 (o mais caro oferecido nas prateleiras) nos supermercados Giassi, Bistek e Angeloni.
Esta foi a maior alta do produto nos últimos 30 anos, segundo o gerente comercial do supermercado Bistek, Felipe Ghislandi. “Como o gado não está se alimentando adequadamente, também não produz em grande quantidade. O preço vem aumentando desde o fornecimento do produtor”, destaca. No Bistek, o valor médio é de R$ 3,40, e deve aumentar para cerca de R$ 3,60 nos próximos meses. “Em janeiro e fevereiro, a média do litro foi de R$ 1,99”, relata Ghislandi.
O clima tem grande influência nesta alta do preço. Este é o mês de junho mais frio desde 1987, segundo o climatologista da Epagri de Urussanga, Márcio Sônego. Isso afetou as pastagens nativas, e muitos produtores não conseguiram se preparar a tempo e guardar o alimento do gado. “Foi um fato muito fora de série. Este frio era previsto para fim de julho, início de agosto. Neste tempo, a pastagem de inverno já teria crescido”, destaca Sônego.
A temperatura volta a subir a partir desta quinta-feira, dia 23. “Até o começo de julho, a previsão é que a temperatura ultrapasse os 20 graus durante a tarde”, relata o climatologista.
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