Oi entra com pedido de recuperação judicial de R$ 65 bilhões, o maior da história do Brasil Jean Schwarz/Agencia RBS

Foto: Jean Schwarz / Agencia RBS

A operadora de telefonia Oi protocolou, na tarde desta segunda-feira, pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio, conforme a Revista Exame.

Segundo o portal G1, o pedido cita uma dívida no valor de R$ 65,4 bilhões. Em comunicado, a empresa disse que a ação considerou "os desafios decorrentes da situação econômico-financeira das empresas Oi à luz do cronograma de vencimento de suas dívidas financeiras, ameaças ao caixa das empresas Oi representadas por iminentes penhoras ou bloqueios em processos judiciais", além da "urgência na adoção de medidas de proteção das empresas Oi". Por isso, a companhia julgou que "a apresentação do pedido de recuperação judicial seria a medida mais adequada, neste momento".

 

O texto diz ainda que "o total dos créditos com pessoas não controladas pela Oi listados nos documentos protocolados com o pedido de recuperação judicial soma, nesta data, aproximadamente R$ 65,4 bilhões". É o maior pedido de recuperação judicial já protocolado no Brasil, recorde que pertencia à OGX, do empresário Eike Batista, que declarou à Justiça ter dívidas de R$ 11,2 bilhões em 2013, segundo a Folha S.Paulo.

Nesta segunda-feira, as ações da companhia tiveram queda de 5,97% nas extraordinárias e 10% nas preferenciais. O resultado se deu em meio à informação de que o endividado grupo de telecomunicações assinou acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para suspender obrigações financeiras por 180 dias, segundo noticiou o jornal Folha de S. Paulo.

O processo

A recuperação judicial é uma medida jurídica para evitar a falência de uma empresa. É pedida quando a empresa perde a capacidade de pagar suas dívidas. Criada por lei para substituir a concordata, permite que os empresários reestruturem suas dívidas com credores, reorganizem seus negócios e se recuperem momentaneamente da dificuldade financeira.

Com isso, a empresa mantém sua produção, o emprego dos trabalhadores e o interesses dos credores (que querem ser pagos).