Política
O dia do Julgamento
Por Pedro Alberto Skiba
São Bento do Sul hoje vive um final de tarde diferente. Nenhum por do sol na abertura do inverno, nenhuma apresentação cultural ou fato de outra natureza que chame a atenção da população. Trata-se da sessão da Câmara de Vereadores que deverá analisar se aprova ou não o pedido de impeachment do prefeito Fernando Tureck. Queiram ou não, para mim um ato perfeito e acabado de ação política que pretende tirar do próximo pleito o prefeito que é candidato à reeleição. Não sou pela impunidade, mas pelos valores e a situação em que acontece o julgamento. Também acredito que justiça não se faz apenas com condenação e que esta resolve todos os problemas. Para mim hoje não existe maior pena que deixar um prefeito no comando do Município que como em todo o Brasil está com os cofres vazios e cobrar dele ações obras. O desgaste de governar sem poder atender e fazer é maior que o afastamento. Até não entendo como muitos profissionais liberais, bem sucedidos em suas profissões querem por que querem enveredar pela carreira política, tão desgastada, desacreditada e mal falada. Mas voltemos ao caso. É triste e lamentável que uma São Bento cantada em verso e prosa como ordeira e pacata viva este momento que pode se tornar uma mancha na sua história política. Até porque os ânimos andam exaltados por demais, a intolerância, a discórdia, o sentimento de vingança, o ódio, estão disseminados por todos os cantos. Até contraria aquele ditado que “o povo gesta de pão e circo”. O povo na atual situação gosta é de sangue, de tragédias, de insucessos. Poder-se-ia dizer que “o povo gosta é de cristãos jogados para os leões e gladiadores”. É preciso muita calma nesta hora e que aqueles que nunca foram à Câmara e nunca se preocuparam com a atuação dos vereadores, hoje não tornem o Plenário uma arena e não fiquem com o polegar virado para baixo pedindo a cabeça do prefeito.