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Justiça decreta prisão preventiva de indiciados por morte de advogado

Sexta, 17 de junho de 2016

 

Prisões preventivas de policiais militares já foram cumpridas, diz Justiça.
Advogado morreu no final de maio em Palhoça, na Grande Florianópolis.

 

 

Roberto Caldart (Foto: http://www.robertocaldart.com.br/Divulgação)
Roberto Caldart morreu em 24 de maio
(Foto: http://www.robertocaldart.com.br/Divulgação)

A 1ª Vara Criminal de Palhoça, na Grande Florianópolis, decretou a prisão preventiva de sete dos oito indiciados por envolvimento na morte do advogado Roberto Caldart, ocorrida no final de maio. De acordo com a Justiça, já foram cumpridas as prisões preventivas dos cinco policiais militares. Um segurança particular e um empresário ainda estão no presídio com prisões temporárias e as preventivas devem ser cumpridas em seguida, segundo a 1ª Vara Criminal.

O advogado foi agredido durante uma suposta reintegração de posse em 24 de maio. A causa da morte dele, segundo laudo do Instituto Geral de Perícias, foi uma bradicardia seguida de parada cardíaca após um forte impacto no pescoço.

O oitavo indiciado pela Polícia Civil foi outro segurança particular, mas não foi pedida a prisão preventiva dele. A solicitação pelas prisões preventivas foi feita pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O caso é analisado pela 7ª Promotoria de Justiça de Palhoça.

A Polícia Militar informou que os cinco policiais seguem presos em quartel da corporação.

O crime
O advogado Roberto Caldart morreu no dia 24 de maio durante uma suposta reintegração de posse de uma quitinete em Palhoça. Os policiais militares estavam de folga e disseram à polícia ter ido ao local em apoio a um homem que se dizia proprietário do imóvel.

 

Conforme a delegada regional de Palhoça, Beatriz Ribas Dias dos Reis, o suposto dono não tinha documentos que comprovassem a posse do patrimônio e também não tinha ordem para fazer essa reintegração. Os moradores da quitenete chamaram Caldart para auxiliá-los.

Moradores relataram à RBS TV que os suspeitos chegaram armados, se identificaram como policiais e um deles teria dado um soco na garganta de Caldart.

Causa da morte
O crime de lesão corporal seguida de morte tem pena entre quatro e 12 anos de detenção. O inquérito policial segue para o Ministério Público de Santa Catarina.

“Um soco pode ter afetado um sistema de nervos que se comunica com o aparelho cardiorrespiratório”, explicou o diretor do Instituto Geral de Perícia (IGP), Miguel Acir Colzani.

Segundo Colzani, o exame toxicológico no corpo de Caldart teve resultado negativo para o uso de drogas lícitas e ilícitas. Um segundo exame descartou a possibilidade de uma morte natural por um problema cardíaco.

Vídeo feito por moradores mostra início de confusão que resultou na morte de advogado (Foto: Reprodução/RBS TV)
Vídeo feito por moradores mostra início de confusão que resultou na morte de advogado (Foto: Reprodução/RBS TV)

Conforme o diretor do IGP, os peritos foram eliminando as possibilidades, toxicológica, morte natural e ferimentos decorrentes de um soco no pescoço. "Partimos das suspeitas iniciais da polícia para iniciar os exames, porque não havia ferimentos internos ou externos no corpo", explicou Colzani.

'Bicos' serão combatidos, diz corporação
A Polícia Militar de Santa Catarina anunciou dois dias após o crime a criação de um grupo de trabalho interno para identificar policiais que fazem trabalho extras. A Associação de Praças do Estado (Aprasc) também é contra a realização, mas diz que muitos justificam a infração como necessária pelo salário, que inicial é de R$ 4,1 mil.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se pronunciou contra os 'bicos' no enterro de Caldart. "Pessoas que deveriam estar cumprindo com a sua função, de zelar e de trazer segurança para as pessoas, participam exatamente de um crime bárbaro como foi este. Isso coloca luzes sobre um problema nacional, a questão da insegurança e da utilização de policiais militares fora do serviço", disse o presidente da nacional da OAB, Cláudio Lamachia.



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