O Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Joinville, no Norte de Santa Catarina, teve parte do prédio interditado na última sexta-feira (10). Uma vistoria da Defesa Civil do município identificou rachaduras nas paredes da cozinha e da administração do órgão. Até o próximo fim desta semana deve ser definido se o prédio será totalmente interditado.
Desde então, as refeições dos 40 adolescentes internados na instituição são preparadas pela equipe da cozinha da penitenciária de Joinville. Os funcionários da área administrativa foram realocados em outros espaços, de acordo com o diretor do Departamento de Administração Socioeducativa (Dease), Sady Becker Júnior.
Problema antigo
Conforme o diretor, as áreas que abrigam os jovens atendidos pela unidade não estão comprometidas e as atividades estão transcorrendo por enquanto dentro da normalidade.
“Este prédio vem apresentando problemas estruturais desde a inauguração. Temos notificado a empresa executora da obra em várias ocasiões, até um inquérito civil foi aberto, o que implicou no não pagamento de parte do valor contratado para a construção. Até o fim da semana, vamos decidir se construímos uma cozinha nova ou interditamos o prédio inteiro e transferimos os adolescentes”, explicou o diretor.
Prevenção
Segundo o gerente de proteção civil da prefeitura de Joinville, Marnio Luiz Pereira, a medida foi preventiva. “Quando recebemos uma denúncia anônima sobre as irregularidades, fizemos a vistoria e constatamos fissuras, rachaduras e recalques. Agora, aguardamos um parecer técnico para tomarmos ciência da dimensão do comprometimento das salas. A ideia é simplesmente evitar que a segurança das pessoas seja colocada em risco”, declarou.
Tiros em São José
Por volta das 3h desta quarta-feira (15), cinco tiros foram disparados contra o Case de São José, na Grande Florianópolis, mas ninguém ficou ferido. A direção do órgão ainda não tem suspeitos.
Foragidos
Dois dos cinco adolescentes que fugiram do Case de São José no dia 4 de junho continuavam foragidos até a manhã desta quarta. Os menores renderam uma agente do local com um espeto para conseguir fugir. Um garoto foi apreendido quando solicitou ajuda por falta de combustível no veículo em que estava. Outro em um bar na Grande Florianópolis. O primeiro deles foi achado no dia seguinte à fuga, em Palhoça.