Eleições provocam baixas na equipe do governador Raimundo Colombo

As eleições municipais desfalcaram o primeiro e o segundo escalão do governo Raimundo Colombo (PSD). Foram 21 exonerações registradas no Diário Oficial do Estado do dia 1º de junho, último dia para que os pré-candidatos deixassem os cargos para continuarem aptos a concorrer aos cargos de prefeito e vice em outubro. A maior parte, 15, está concentrada nas Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs).

No primeiro escalão, apenas três nomes deixam o governo. Titular da pasta de Planejamento desde metade do primeiro mandato de Colombo, Murilo Flores (PSB) deixou o cargo para disputar a indicação do PSB para a vaga de candidato à prefeitura de Florianópolis com o empresário Gualtiero Piccoli.

— Deixei organizadas as questões da secretaria, com minha equipe sendo liderada pelo Cássio Taniguchi. Achei que era o momento de apresentar uma alternativa à cidade além dos políticos tradicionais — afirma Flores, que nunca disputou eleições.

Além dele, Acélio Casagrande (PMDB) também assume a condição de pré-candidato a prefeito, em Criciúma. Ele deixou a Secretaria Executiva de Articulação Nacional, com sede em Brasília, para encarar a disputa pela segunda vez — ficou em terceiro lugar nas eleições de 2008.

— Durante este mês de junho vou analisar com profundidade todos os projetos, mas meu objetivo número um é ser candidato a prefeito — afirma o peemedebista.

Embora tenha deixado o cargo a data-limite para continuar apto a concorrer, o ex-secretário de Defesa Civil, Milton Hobus (PSD), nega a intenção de ser candidato a prefeito de Rio de Sul, cidade que já governou por dois mandatos. Em nota, o pessedista afirmou que reassumirá o mandato de deputado estadual para votar a favor de projeto relacionados à Defesa Civil e para ajudar outros pré-candidatos do partido. Nos bastidores, a avaliação é de que Hobus pode entrar na disputa se o PSD não conseguir emplacar uma candidatura competitiva.

A maior movimentação aconteceu nas antigas secretarias regionais, transformadas em agências no ano passado. Das 35 pastas, 15 perderam seus titulares. Delas, saem oito nomes do PMDB e sete do PSD para a disputa. As mudanças também afetaram posições como a presidência do Instituto de Metrologia de Santa Catarina (Imetro-SC), que era ocupada pelo ex-prefeito de Tijucas, Elmis Mannrich (PMDB) — pré-candidato a disputar novamente o cargo.

Veja quem deixou o governo estadual:

Murilo Flores (PSB) - ex-secretário do Planejamento
Acélio Casagrande (PMDB) - ex-secretário-executivo de Articulação Nacional
Ari Vecchi (PMDB) - ex-secretário-adjunto da Casa Civil
Arnaldo Zimmermann (PCdoB) - ex-secretário-executivo de Políticas de Combate à Fome
Elmis Mannrich (PMDB) - ex-presidente do Imetro/SC
Wilson Trevisan (PSD) - ex-secretário-executivo da ADR São Miguel do Oeste
Roque Stanguerlin (PSD) - ex-secretário-executivo da ADR Curitibanos
Aquiles Schneider da Costa (PMDB) - ex-secretário-executivo da ADR Itajaí
Mário Peiter (PMDB) - ex-secretário-executivo da ADR Palmitos
Roberto Kuerten Marcelino (PSD) - ex-secretário-executivo da ADR Braço do Norte
Fábio Ferri (PMDB) - ex-secretário-executivo da ADR Concórdia
Alcides Mantovani (PMDB) - ex-secretário-executivo da ADR Campos Novos
Dorival Borga (PSD) - ex-secretário-executivo da ADR Videira
Caio Tokarski (PSD) - ex-secretário-executivo da ADR Tubarão
Jaksom Castelli (PSD) - ex-secretário-executivo da ADR Quilombo
João Alberto Duarte (PSD) - ex-secretário-executivo da ADR  Lages
Walmor Pederssetti (PMDB) - ex-secretário-executivo da ADR  São Lourenço do Oeste
Imar Rocha (PMDB) - ex-secretário-executivo da ADR Caçador
Valcir Dal Maso (PMDB) - ex-secretário-executivo da ADR Maravilha
Mauro Candemil (PMDB) - ex-secretário-executivo da ADR Tubarão

DC