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Novo prefeito de Brusque promete cortar 50% do secretariado

Segunda, 06 de junho de 2016

O novo prefeito de de Brusque, José Luiz Cunha (PP), eleito por votação indireta na tarde de domingo (5), prometeu cortar 50% do secretariado e 50% dos cargos comissionados em seu mandato-tampão de seis meses, até 31 de dezembro de 2016, como mostrou o Bom Dia Santa Catarina (veja vídeo acima).

“Já convocamos, para manhã desta segunda, uma reunião com o nosso secretariado. Primeira medida: vamos cortar em 50% todos os secretários na cidade de Brusque e 50% de todos os cargos comissionados, que são mais de 200", disse Cunha ainda no domingo.

Segundo o governante, o intuito da medida é redirecionar verba para outras pastas. "Vamos mostrar a sociedade que nós assumimos a prefeitura também cortando os gastos públicos, para poder investir mais na educação, na saúde e na segurança pública da nossa cidade", completou o político.

José Luiz Cunha e Rolf Kaestner (PP) tomaram posse dos cargos de prefeito e vice-prefeito de Brusque  (Foto: Câmara Municipal de Brusque/Divulgação)José Luiz Cunha e Rolf Kaestner (PP) tomaram posse dos cargos de prefeito e vice-prefeito de Brusque (Foto: Câmara Municipal de Brusque/Divulgação)

"Estaremos o dia todo tratando toda área técnica, deixando a prefeitura pronta para que essa semana a gente já tenha a nossa equipe montada. Cada secretaria já tem uma pessoa responsável, como se fosse secretário. É provisório? É. Mas a prefeitura não vai parar. Nós já estamos tocando todas as áreas. E eu pediria essa compreensão da população", afirmou Cunha nesta segunda-feira.

Eleição indireta
A votação indireta ocorreu na tarde de domingo, a quatro meses das eleições que vão escolher os novos prefeitos no Brasil. O prefeito eleito em 2012 foi cassado.

O novo prefeito da cidade de 120 mil habitantes foi eleito por nove votos a seis em eleição indireta, em que vereadores escolheram os dois nomes que estarão à frente da cidade até o fim deste ano. Segundo a Câmara de Vereadores de Brusque, era necessário o candidato obter ao menos oito votos para ser eleito.

Eleição indireta ocorreu na tarde deste domingo  (Foto: Câmara Municipal de Brusque/Divulgação)Eleição indireta ocorreu na tarde deste domingo
(Foto: Câmara Municipal de Brusque/Divulgação)

Duas chapas estavam envolvidas nesta eleição indireta: a 1, do candidato eleito, e a 2, do prefeito interino Roberto Prudêncio Neto (PSD). Às vésperas da eleição, as duas chapas ainda tentavam derrubar uma à outra, recorrendo à Justiça comum. Por isso, os dias que antecederam o pleito foram marcados porreviravoltas jurídicas.

Entraves da Justiça
A eleição aconteceu após uma série de entraves na Justiça. Inicialmente, a escolha indireta ocorreria em abril do ano passado. Um dia antes da data marcada, o Tribunal Superior Eleitoral determinou a suspensão do processo. Por isso que a votação continua do ponto que parou.

Em março de 2015, o prefeito eleito em 2012, Paulo Roberto Eccel, e o vice, Evandro de Farias,foram cassados pelo TSE. A Justiça entendeu que  foram extrapolados os limites legais para gastos com publicidade.

Paulo Eccel deixou cargo em processo de cassação (Foto: Reprodução/RBS TV)Paulo Eccel deixou cargo em processo
de cassação (Foto: Reprodução/RBS TV)

No dia 24 de maio deste ano, o TSE decidiu que haveria eleições indiretas no município e, portanto, o pleito poderia continuar.

Quando foi suspenso, o procedimento eleitoral tinha apenas a candidatura da atual chapa 2 e a chapa 1 havia desistido.

Na segunda (30), a mesa diretora da Câmara de Vereadores emitiu despacho em que deferia o pedido do Partido Progressista (PP) para registrar uma chapa, já que havia participado inicialmente do procedimento eleitoral em 2015 e desistido três dias antes do pleito.

Segundo a Câmara, a chapa 1 foi registrada na quarta (1) com dois novos candidatos. Porém, a juíza argumentou que, quando o procedimento eleitoral foi suspenso, a chapa 1 já havia desistido e somente a chapa 2 continuava.

A chapa 1 voltou nesta sexta (3) a concorrer nas eleições. Isso porque o juiz Helio David Vieira Figueira dos Santos, do TRE-SC, julgou que a Justiça Eleitoral não tem competência para avaliar um ato da mesa diretora da Câmara de Brusque, que havia decidido que o PP poderia registrar as candidaturas.

G1



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