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Caso TAKATA:maior recall da história afeta carros vendidos no Brasil

Segunda, 30 de maio de 2016

Falha em airbags leva cerca de 50 mil carros a recall (Foto: Thinkstock)

 

A ampliação na quantidade de carros envolvidos no maior recall da história atingirá unidades vendidas no Brasil. ConformeAutoesporte apurou, a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça notificou na última semana sete montadoras e um grupo automotivo a esclarecer se a ampliação do megarecall de airbags da Takata afeta unidades vendidas no Brasil.

Das empresas notificadas, Chrysler e a RAM, ambas do grupo FCA, já confirmaram que ampliarão as convocações de recall no nosso país, como consequência do processo comandado por órgãos norte-americanos. A ampliação do recall da FCA deve ser formalizado no Brasil nos próximos dias e incluirá ao menos algumas unidades dos modelos Chrysler 300 e RAM 2500. O grupo ainda está listando o ano/modelo e a numeração dos chassis das unidades envolvidas, portanto não há número oficial de carros envolvidos. A FCA, porém, ainda não recebeu a notificação do Ministério da Justiça.

As empresas notificadas são Honda, Toyota,Mercedes, Nissan, Subaru, Ferrari eMitsubishi, além do grupo FCA Brasil, que reúne Fiat, Jeep, Chrysler, Dodge e RAM. Dessas, a FCA confirmou já saber que o recallafetará o Brasil, enquanto a Mercedes afirma que ainda não foi notificada, mas já concluiu que nenhum carro vendido por aqui faz parte da última ampliação. Confira abaixo o posicionamento de cada empresa sobre o caso.
 

Com as notificações, a Senacon pretende confirmar de forma oficial quantos e quais carros foram fabricados com airbags que representam algum tipo de risco à saúde dos passageiros.  Isso porque no início do mês, o National Traffic Highway Safety Administration (NHTSA, órgão norte-americano que regulamenta o setor de transportes) ampliou a quantidade de airbags produzidos pela empresa japonesa Takata que devem ser substituídos por razões de segurança. Em comunicado, a agência estima que entre 35 milhões e 40 milhões de airbags terão que ser adicionados naquele que já era considerado o maior recall da história. Até então, a Takata teria que substituir cerca de 28,8 milhões de bolsas de proteção, valor que agora pode variar entre 63,8 milhões e 68,8 milhões de unidades.

Depois de notificadas, as empresas terão que explicar oficialmente para a Senacon se as unidades adicionadas ao megarecall global foram vendidas no nosso mercado. Na resposta à notificação, as montadoras terão que  detalhar "as ações a serem tomadas no exterior". Caso confirmem que carros vendidos no Brasil fazem parte da ampliação, um recall para reparar o defeito deverá ser convocado nos próximos dias. Até que tenham quantidade suficiente de airbags para os reparos em estoque, é provável que as montadoras oficializem primeiro um aviso de risco aos proprietários afetados. Quando o estoque for normalizado, eles serão convocados a agendar o reparo gratuito.

Respostas

Entramos em contato com todas as empresas mencionadas e atualizaremos este texto com os posicionamentos oficiais, conforme enviados.

- Grupo FCA: em 30/05 ainda não havia recebido a notificação da Senacon, mas já havia identificado que unidades dos modelos Chrysler 300 e RAM 2500 vendidas no Brasil fazem parte da ampliação. Estão identificando a numeração dos chassis junto aos Estados Unidos para convocar um alerta de segurança nos próximos dias.

- Mercede-Benz: em 30/05 a empresa ainda não havia recebido a notificação da Senacon, mas já confirma que "a campanha não envolve diretamente nenhum modelo vendido" no Brasil.

- Via Itália, representante da Ferrari: "o Grupo Via Italia ainda não recebeu nenhum tipo de notificação por parte de órgãos oficiais sobre o assunto. Na primeira convocação, realizada em 2015, havia apenas um veículo integrante em todo o território nacional, cujo reparo já foi concluído. Para a extensão, ainda não há detalhamento dos chassis convocados", diz em nota.

- Toyota: "Nosso departamento jurídico não recebeu a notificação mencionada. Sobre o envolvimento de modelos vendidos no Brasil no último recall anunciado: Não fomos notificados por nossa matriz, até o momento", diz em nota.

- Honda: "Até o momento, a Honda não foi notificada pela Senacon acerca do assunto indicado, mas reitera que está à disposição dos órgãos oficiais para os esclarecimentos necessários. A empresa também informa que está avaliando a situação das unidades produzidas e comercializadas no Brasil e se pronunciará tão logo os levantamentos sejam finalizados", diz em nota.

Com o uso do airbag, chance de sobrevivência de passageiro em acidentes graves sobe de 45% para 51% (Foto: Divulgação)

Entenda o caso

O NHTSA decidiu ampliar aquele que já era o maior recall da história depois de testes laboratoriais. Segundo o órgão, os cerca de 40 milhões de airbags foram considerados perigosos porque são feitos de nitrato de amônio e não contam com a aplicação de um produto químico responsável por diminuir a umidade da bolsa de segurança. Assim,mudanças de temperatura externa e exposição à umidade do ar podem levar ao rompimento do módulo que infla o airbag, especialmente em veículos mais antigos. Caso isso aconteça, os passageiros podem ser atingidos por estilhaços metálicos, que em alguns casos geram ferimentos comparáveis a facadas.

“A ciência mostra claramente que esses insufladores se tornam inseguros com o passar do tempo, quando expostos à umidade e variação de temperatura”, explica Mark Roseking, diretor do NHTSA. As autoridades norte-americanas afirmam que os defeitos nos airbags da Takata já causaram dez mortes e feriram mais de 100 pessoas nos Estados Unidos.

O megarecall será feito em cinco etapas, que começarão já este mês e continuarão até dezembro de 2019. “Os airbags mais perigosos e responsáveis pelas mortes e lesões registradas até o momento já estão no processo de reparo”, afirma Roseking.

Além de ser o maior processo de recall da história, o NHTSA tem como objetivo reparar 100% dos carros afetados. Para isso, tenta contar com o apoio não só da Takata, como também das montadoras e da população. “Todos representam um papel importante para garantir que esserecall seja finalizado de maneira rápida e segura, incluindo as montadoras, fornecedoras e os proprietários dos carros. Todos que forem notificados devem agir imediatamente paras fazer o reparo ”, diz Rosekind. Até o momento, cerca de 8,1 milhões de airbags foram reparados.

Apesar de já afetar tantos carros em todo o mundo, o megarecall pode ainda não estar perto do fim. Isso porque o próprio NHTSA segue conduzindo estudos para avaliar a segurança dos airbags feitos com nitrato de amônia e um produto químico que controla sua umidade. Para o órgão, ainda não está claro se este produto é suficiente para evitar os riscos que os airbags agora adicionados na lista representam. As autoridades aguardam que a Takata envie nos próximos meses laudos que provem a segurança desses equipamentos. Caso contrário, o recallpode ser ampliado novamente em novembro.

Recalls de airbags no Brasil

Os airbags defeituosos da Takata também foram responsáveis por recalls de carros vendidos no Brasil. Os primeiros foram registrados em abril de 2013 e afetaram unidades do Toyota Corolla 2002 a 2003 e Nissan Pathfinder 2001 a 2003. Em seguida, foi a vez de a Honda chamar oCivic e o CR-V. Também por conta dos defeitos em airbags, Honda e Toyota convocaram em 2015 mais carros do que todas as outras montadoras e, sozinhas, bateram o recorde do mercado no ano anterior.

Do início de 2013 até agora, o Procon soma 51 campanhas de recall de carros motivadas por falhas em airbags. No total, elas afetaram 1.867.650 unidades, sendo que apenas 34,5% desses carros foram efetivamente reparados até agora.

A montadora que mais convocou carros por defeitos em airbag no país é a Honda, que já soma nada menos que 1.021.882 carros. Em seguida vem a Toyota, com 690.819 unidades, além daVolkswagen (56.582 unidades), Nissan (37.155 unidades), Hyundai (26.681 unidades) eChevrolet (13.509 unidades). Não é possível saber, porém, quais desses casos fazem parte do megarecall global da Takata, especificamente



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