
Local do crime, na Barra do Aririú, em Palhoça.
Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS
Os cinco policiais militares que, em horário de folga, se envolveram no episódio que acabou com a morte do advogado Roberto Caldart, 42 anos, na terça-feira, em Palhoça, se apresentaram no local como policiais civis e alegaram possuir um mandado de reintegração de posse para executar a ação. São eles: Jairo Lima Júnior, Vanderlei Bento da Costa, Gilberto Apolinário, Fabiano Roberto Vieira e Lucas Ricardo da Silva. Junto com eles estavam também Rubi de Freitas, "vulgo 'Castelo'", apontado como mandante da morte do advogado, e Juliano Cleberson de Campos, que também tiveram a prisão decretada e estão sendo procurados.
"Foi um crime contra a democracia e a Justiça", diz presidente da OAB
Advogado morto em Palhoça era defensor das prerrogativas da profissão
As informações constam da decisão da juíza Carolina Ranzolin Nerbass Fretta, da 1ª Vara Criminal, que decretou a prisão temporária, válida por 30 dias, dos sete suspeitos na noite de terça. De acordo com o que diz a magistrada, "eles tiveram, de alguma forma, participação no evento criminoso que culminou com a morte violenta do advogado, no pleno exercício da sua função".
O setor de Comunicação da Polícia Militar informou que só irá se manifestar sobre o caso em entrevista coletiva à imprensa que será realizada na manhã desta quinta-feira no Comando Geral da corporação, em Florianópolis. A defesa dos envolvidos no caso ainda não foi localizada pela reportagem, que também não teve acesso aos presos. À Polícia Civil, os cinco PMs negaram a morte do advogado.
OAB-SC cobra ação contra policiais que fazem serviços fora do expediente
Justiça decreta a prisão dos cinco PMs suspeitos de participação na morte
Advogado é agredido e morto em Palhoça
Durante o enterro de Caldart, em Florianópolis, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, disse que o assassinato foi um "crime contra a democracia e a Justiça". Dezenas de advogados acompanharam a cerimônia, num clima de tristeza e revolta.
– Vim para trazer o abraço de 1 milhão de advogados brasileiros, pedir celeridade na investigação e que os advogados acompanhem a apuração do caso e a punição dos culpados – disse.