Cinco policiais militares foram presos temporariamente na noite de terça-feira (24), suspeitos de envolvimento em uma confusão em que resultou na morte do advogado Roberto Caldart, de 42 anos, em Palhoça. Segundo a Polícia Civil, mais dois mandados de prisão temporária devem ser cumpridos.
Conforme a delegada regional de Palhoça, Beatriz Ribas Dias dos Reis, os policiais foram levados para um batalhão da PM na Grande Florianópolis. Segundo Beatriz, dos cinco presos, dois têm antecedentes criminais. Em interrogatório, eles admitiram estar no local na hora em que Caldart morreu.
“Agora, vamos apurar a conduta de cada um na confusão em que o advogado levou um soco na traquéia e morreu. Aguardamos o resultado da perícia para saber se há outras razões que podem ter contribuído para esta morte”, disse Beatriz.
Vídeo mostra policiais no local
Os PMs foram identificados pela polícia em um vídeo de celular feito por uma testemunha. Conforme a delegada, os policiais estavam de folga e foram auxiliar o proprietário de uma kitnet, cujos moradores não queriam deixar o imóvel.
“Este proprietário não tinha documentos que comprovassem a posse do patrimônio e também não tinha ordem para fazer essa reintegração. Os moradores do local, chamaram este advogado para auxiliá-los. Depois de uma grande discussão, eles entraram em confronto e Caldart acabou agredido e morto”, explicou.
Laudos do inquérito
Segundo a delegada Beatriz Ribas Dias dos Reis, os outros dois mandados de prisão temporária são para o dono da kitnet e um conhecido dele que também estava no local na hora da briga.
“O inquérito tem continuidade agora, vamos ouvir outras testemunhas para esclarecer as responsabilidades neste homicídio. Aguardamos ainda o laudo cadavérico e laudo de local do crime para anexarmos ás investigações”, complementou a delegada Regional.