Gravações publicadas nesta segunda-feira (23) pelo jornal Folha de São Paulo indicam que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugeriu um pacto para tentar deter a Operação Lava-Jato.
Gravados de forma oculta, os diálogos entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e Jucá ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rouss
As conversas somam uma hora e quinze minutos e estão em poder da Procuradoria Geral da República.
A repórter da GloboNews Andréia Sadi conversou na manhã desta segunda-feira (23) com o ministro do Planejamento Romero Jucá e ele classificou a gravação como "banal".
"Eu não me sinto alvo da Lava-Jato, nem me sinto incomodado com a Lava-Jato. Estou muito tranquilo. Eu não me sinto em condições em compromisso de pedir pra sair. Essa gravação eu considero algo banal", disse o ministro.
Segundo Romero Jucá, "o governo do PT estava submetido à Lava-Jato, e era comandado, de certa forma reagia apenas aos estímulos da Lava-Jato. Eu sempre defendi que o novo governo de Michel Temer teria o condão de mudar o eixo da política e da economia. E a Lava-Jato que é uma prioridade deve ser ampliada e investigada rapidamente, não pode ser a pauta única do governo".
O ministro do Planejamento completou: "A minha intenção e a minha cobrança é que a Lava-Jato seja apressada na investigação para separar o joio do trigo. Definir quem tem culpa e quem não tem culpa. O Supremo precisa votar rapidamente os políticos que estão sendo investigados pra dizer quem tem culpa e quem não tem. Por exemplo: eu me sinto incomodado. Eu fui citado".
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