Sempre ouvimos falar que certas situações seriam trágicas se não fossem cômicas, ou vive-versa. No caso cabem as duas versões. O Brasil viveu nos últimos dias situações inusitadas com dramalhões e palhaçadas que nos fazem refletir sobre o futuro. Será que estamos no caminho certo, ou apenas estamos sendo envolvidos em mais uma artimanha e jogo de interesses. A votação na Câmara dos Deputados para recomendar o impeachment da presidente para se tornar um circo, com todo respeito aos circenses, só faltou a lona. As manifestações dos “nobres” deputados revelou para todo o País o quanto nossa política é podre e endêmica e quão mal estamos representados. Já não se sabe diante do resultado e das argumentações que foram a família, os filhos e Deus os reais objetivos e a convicção dos votos. Também diante das outras falcatruas e negociações, sabemos que tudo está apenas começando. O País realmente está parado e assim não pode continuar. Agora da maneira como o circo foi armado, é difícil saber se será melhor ou pior. Não há um nome que se destaque neste mar de lamas que suplanta a tragédia de Mariana. Se reduz a pó de traque um partido que surgiu como salvação da Pátria e que nem ele soube se salvar. A desesperança é mais assustadora que o medo. As hienas que sorriem diante das câmeras estão sedentas para comer a carniça. Os abutres estão de plantão para dividir o esquartejamento e repartir o que sobrar como no tempo das capitanias hereditárias. Como acreditar na salvação do País por acusados de corrupção e protegidos da investigação. Não se ouve mais falar em sítio do Lula e apartamento no Guarujá. A Lava-Jato parece que está ficando sem água. A denúncia de Fernando Baiano não será levada em consideração pois ele falou em propina e não em contas na Suíça. Cunha, Temer e Calheiros, serão raposas cuidando do galinheiro. A vida continua companheiros. Tomara que não nos tornemos um campo de batalhas, com irmão lutando contra irmão para proteger um bando de “LADRÃO”.