Primeira roda de conversa sobre parentalidade atípica

Primeira roda de conversa sobre parentalidade atípica

Nesta quarta-feira (19), a Secretaria Municipal de Saúde reuniu-se para uma roda de conversa com os pais e responsáveis diretos de crianças e jovens com autismo, com o objetivo de promover a troca de informações e ideias sobre as demandas e experiências destas pessoas, somando para avanços no setor.

O secretário de Saúde, Marcelo Marques, expôs que o momento atual é de colher dados para poder desenvolver uma nova política pública para atender a família do autista, nesse importante processo e jornada de compreensão. “Os diagnósticos crescem em uma velocidade grande e queremos capacitar o sistema de saúde para receber estas pessoas com assertividade”, ressaltou Marcelo.  

Para tal, a iniciativa para construção de um projeto neste sentido surgiu da necessidade de entender através do próprio grupo, seus anseios, as suas experiências e os desafios encontrados no decorrer desta caminhada, até mesmo por conta do desconhecimento da sociedade como um todo, a respeito do Autismo.

Nos próximos encontros, haverá contribuição dos mais diversos profissionais da saúde, a fim de promover o bem-estar e o compartilhamento de experiências entre aqueles que tem sua rotina dedicada a lidar com as limitações que o autismo traz, não apenas aos filhos, mas ao núcleo familiar e social em que estão inseridos, como também fortalecer a rede de apoio através do compartilhamento de vivências. 

Todo o trabalho está voltado a encontrar meios para a melhor integração do indivíduo e seu grupo familiar à sociedade. Conforme explicou o secretário, a ideia é criar um grupo de apoio para que, enquanto ocorrem as adequações e avanços, a pasta da Saúde possa procurar atender os desafios e necessidades demandas trazidas pelos pais atípicos, que em sua maioria estão desassistidos.

A psiquiatra Vanessa Rank, profissional convidada para esse primeiro encontro, explica que o projeto desenvolvido pela pasta é de grande importância para o momento que vivemos. “Ouvir as mães e familiares das crianças do espectro autista é essencial para levantarmos quais são suas reais necessidades, angústias e pontos que podemos melhorar. A saúde física e mental dessas famílias importa muito para todos nós, é isso que queremos transmitir a todos”, comentou. 

Neste primeiro momento, encontram-se engajados no projeto, além do próprio secretário, Marcelo Marques, sua assessora de Gabinete, Solange Nardelli, a assistente social, Márcia Mühlbauer, e demais convidados.