Grupo formado por representantes do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) e da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) de São Bento do Sul esteve na semana passada, em Curitiba/PR, para conhecer mais detalhes sobre os “Wetlands”, áreas úmidas nas quais são implantados sistemas de esgoto alternativo. O objetivo é firmar uma parceria técnica com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) para implantação da metodologia em áreas rurais do município.
De acordo com o presidente do Samae, Osvalcir Peters, as explanações ficaram a cargo da professora doutora Tamara Van Kaick, da UTFPR, que integra o projeto. “Trata-se de um sistema eficiente e que reduz custos de investimentos em propriedades rurais. Além da viabilidade econômica, também deixa os ambientes com melhor aspecto visual”, detalhou o presidente. A metodologia se utiliza do plantio de plantas macrófitas, ou seja, que se alimentam dos nutrientes encontrados na água, portanto ideais para ambientes úmidos.
Peters adianta que a intenção do Samae, a exemplo do que já acontece com a Fundação Grupo Boticário, é firmar nova parceria técnica, desta vez com a UTFPR, Udesc e UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) para estudar e incentivar a nova infraestrutura. “A intenção é criar um projeto-piloto com os novos integrantes do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) e depois ampliar o projeto para outros proprietários de áreas rurais”, comenta Paulo Schwirkowski, chefe de Divisão de Suprimentos e Transportes da autarquia.
Usado inicialmente em alguns países europeus como a França e a Alemanha, os “Wetlands” são vistos como solução para implantação de sistema de esgotamento sanitário naturais em locais de difícil implantação das redes convencionais, por isso a escolha inicial pela localidade de Rio Vermelho. Participaram da visita a UTFPR ainda os servidores do Samae, Valdecir Ribeiro e Luciano Soji Sassaki, o professor da Udesc, Otto Roberto Bormann e dois alunos.
Abrangência maior – O edital deste ano do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) recebeu 17 inscrições, e mesmo tendo uma desistência com relação ao ano passado, terá uma área de abrangência maior em 2016. A próxima etapa do programa passará pela análise de documentação para posterior renovação dos contratos. “Quem ganha com a adesão ao PSA é o município, é o meio ambiente como um todo, por isso agradecemos todos os produtores que aderiram novamente a iniciativa”, enfatizou Peters.