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O risco de 'terra arrasada' no período de transição

Segunda, 18 de abril de 2016

 

 

As próximas duas a três semanas, prazo que o Senado deve consumir para decidir se acolhe o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, serão especialmente instáveis para o país, com o risco de medidas extremas por parte do governo atual. Essa é a avaliação do deputado e economista Marcus Pestana (PSDB-MG), que teme uma estratégia de “terra arrasada” por parte do Palácio do Planalto nesse período que antecede a decisão sobre o afastamento, ou não, da presidente por 180 dias – até que os senadores façam o julgamento definitivo do pedido de impeachment.
   
Um dos parlamentares mais próximos do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), ele recomenda a leitura atenta do Diário Oficial nos próximos dias, para detectar atos presidenciais de antecipação de gastos ou de mudanças em políticas públicas que gerem compromissos financeiros para o próximo e provável governo de Michel Temer. “Será preciso olhar com lupa as páginas do DO”, afirmou o deputado, embora tenha ressalvado que o protagonismo nesse processo cabe ao PMDB, partido do vice-presidente da República, e não aos tucanos. 

O deputado mineiro considera esse período de transição, que marca o início da tramitação do processo de impeachment no Senado Federal, “problemático e nebuloso”, pela possibilidade de reação do governo e dos movimentos sociais à derrota que lhes foi imposta ontem na Câmara dos Deputados. Mesmo depois de consumado o afastamento da presidente por 180 dias, se isso vier a acontecer por decisão do Senado, Michel Temer deverá ter dificuldades para adotar medidas fortes na área econômica. Somente após a decisão final sobre o impeachment seria possível mudar as expectativas na economia de forma sólida. 

O espaço político para intervenções econômicas mais profundas, como exige a crise aguda que o país atravessa, só deverá surgir, portanto, a médio prazo, no cenário traçado pelo deputado tucano. A superação do quadro de desordem fiscal e recessão que caracteriza o momento atual dependerá muito da atuação do nome que vier a ser escolhido para o Ministério da Fazenda, que deveria comportar uma escolha do quilate do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, na sua avaliação. O Ministério da Justiça é outra área que ele considera crucial pelas relações institucionais com o Supremo Tribunal Federal (STF) e a condução das investigações da operação Lava Jato. 

Seja qual for a configuração a ser adotada por Temer, sempre com a ressalva de que ainda resta a etapa de decisão do Senado sobre o impedimento de Dilma Rousseff, o novo governo será de “transição e salvação nacional”. Nesse contexto, Pestana defende que os partidos de sustentação da administração de Temer moderem seu apetite por cargos e evitem repetir padrões de comportamento que têm sido típicos do presidencialismo de coalizão no país. A construção de um capital de credibilidade na condução do novo governo será a tarefa mais importante e urgente a ser desempenhada. 



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