A situação econômica da cidade tem impactado no atendimento dos CRAS – Centro de Referência da Assistência Social de São Bento do Sul: O aumento de famílias em busca dos benefícios, desde a participação em cursos para buscar uma renda alternativa, até a própria cesta básica, benefício utilizado para amenizar a situação das famílias em situação mais delicada de pobreza.
Conforme a psicóloga Jaqueline Benoit, que coordena o Cras do bairro Centenário, é notório o aumento no fluxo de pessoas que buscam os benefícios. “Infelizmente é uma realidade, mas temos que manter o padrão de atendimento social. As cestas básicas representam um mecanismo de emergência e antes de serem entregues precisamos verificar a real condição da família”, explicou para o prefeito Fernando Tureck, que visitou o local na quarta-feira (13).
A situação se repete também nos mesmos espaços que funcionam em Serra Alta e no Cruzeiro, mesmo que cada um apresente uma realidade diferente conforme a cultura e a empregabilidade do bairro. “Estamos num momento delicado da economia que acaba impactando diretamente para o setor de assistência social da Prefeitura. Se as empresas estão mal, a situação econômica tende a acompanhar. Por esse motivo torcemos e trabalhamos para dar sustentação ao município em todos os setores, inclusive na geração de emprego e renda, como temos feito por meio de cursos oferecidos para donas de casa e a comunidade em geral. Buscamos cada vez mais parcerias que nos ajude na oferta de cursos que permitam às famílias um complemento de renda”, disse Tureck.
Horta Comunitária - Além dos cursos, os espaços disponíveis no Cras do bairro Centenário têm sido utilizado para um complemento alimentar às famílias atendidas pela equipe. A viabilização da Horta Comunitária está ajudando as pessoas que trabalham por elas e por outras, também usuárias do sistema. Conforme Jaqueline, algumas famílias fazem questão de ajudar na manutenção da horta, que ganhou uma estufa a qual está em fase de preparação do solo para o cultivo de verdura e legumes. “Temos alguns profissionais técnicos que estão nos ajudando no preparo para o plantio, mas a horta está funcionando e colhemos alimento suficiente para atender a demanda do momento. Vamos aumentar a produção nas próximas semanas”, conta.
Além de produzir, a horta ainda funciona como um mecanismo de orientação às famílias para que elas aproveitem os espaços em suas residências para também plantar e colher para o consumo próprio.
Resultados - Com o trabalho concentrado em levar mais formação profissional às famílias usuárias dos sistemas de Assistência Social, aliado ao trabalho criterioso que vem sendo realizado com relação a elencar as prioridades de cada família menos abastada, os resultados têm sido os mais positivos possíveis.
Conforme a secretária da pasta, Rita Maria Dums, os cursos oferecidos pela Prefeitura por meio da Assistência Social aos usuários do sistema, e com novos critérios adotados para a distribuição de cestas básicas, a redução foi surpreendente. Se até o início do ano 2013 eram distribuídas, em média, 400 cestas básicas por mês, hoje apenas 120 são entregues. “Isso que até o final de 2015 a média era de 100, mas com a situação econômica de algumas famílias esse número aumentou em torno de 20%”, disse a secretária.
O prefeito Fernando Tureck também destacou que o objetivo não é apenas resolver o problema da família com um paliativo, mas oferecer possibilidades de renda às famílias. “Se ficássemos apenas distribuindo cestas básicas não resolveríamos o problema. Há necessidade de um trabalho contínuo de capacitação com a oferta de cursos para todas as idades. Só assim a realidade será modificada para o bem de todas as famílias que utilizam o sistema, e estamos atingindo os objetivos”, comentou o prefeito
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