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Grupo pró-impeachment pede ao Senado para afastar ministro do STF

Quarta, 06 de abril de 2016

 

 

MBL acusa Marco Aurélio de crime de responsabilidade em decisão.
Magistrado determinou abertura de processo de impedimento de Temer.

 

Gustavo GarciaDo G1, em Brasília

 
 
 
 
 
 
 

A entidade Movimento Brasil Livre (MBL) protocolou nesta quarta-feira (6) no Senado Federal um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. O grupo, favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, argumenta que o magistrado cometeu crime de responsabilidade na decisão que determina a instalação, pela Câmara, de comissão de impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer.

Na terça-feira (5), Marco Aurélio concedeu liminar determinando que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), instale uma comissão para avaliar um pedido de impeachment de Temer. De acordo com o coordenador nacional do MBL, Rubens Nunes, o ministro do Supremo feriu na decisão "o princípio da separação dos Poderes”.

 

Caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidir, por meio de despacho, se aceita ou não o pedido de impeachment de Marco Aurélio. De acordo com a Constituição Federal, cabe ao Senado“processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União nos crimes de responsabilidade”.

Questionado sobre o processo de impeachment em seu desfavor, o ministro Marco Aurélio fairmou nesta quarta que busca, com a atividade jurídica, “servir” o país. “Que as instituições funcionem com muita tranquilidade. Sou juiz há 37 anos e eu apenas busco servir e servir com pureza da alma, e a partir da minha ciência e consciência e nada mais. Processo, para mim, não tem capa, tem conteúdo”, declarou Marco Aurélio.

Segundo a lei 1.079, de 1950, são crimes de responsabilidade de ministros do STF:

- alterar, por qualquer forma, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido em sessão do Tribunal;
- proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa;
- exercer atividade político-partidária;
- ser patentemente desidioso (indolente) no cumprimento dos deveres do cargo;
- proceder de modo incompatível com a honra dignidade e decoro de suas funções.

Para o coordenador do MBL, Marco Aurélio Mello incorreu nas duas últimas situações de crime de responsabilidade.

“Ele agiu de forma desidiosa, não teve a cautela necessária e esperada de um ministro no cumprimento das leis, uma vez que ele determinou uma liminar, num mandato de segurança, onde ainda caberia recurso num ato interno da Câmara dos Deputados. E [agiu] contra o próprio precedente do STF que prevê que o presidente da Câmara tem autonomia para receber ou não qualquer processo de impeachment”, expôs Rubens Nunes.

“Ele também agiu de forma indecorosa por abuso de poder. Ele, ao exacerbar a competência que lhe é dada, como ministro do STF, ele tem os limites. Ele não é nem um deus e, dessa forma, acabou intervindo onde não deveria”, completou o coordenador da entidade.

O pedido de impeachment de Marco Aurélio só foi protocolado depois de três tentativas. Primeiramente, os integrantes do movimento tentaram entrar com a ação no protocolo da Presidência do Senado, mas não obtiveram sucesso. Depois, tentaram no protocolo geral da Casa, mas também não conseguiram. O pedido de impeachment só foi protocolado na Secretaria Geral da Mesa do Senado.

“A gente teve uma confusão aqui pela morosidade do Senado, joga a gente pra lá, pra cá [...] Tá protocolado e agora vai ser dada a tramitação e eu espero [o impeachment de Marco Aurélio] pelo MBL e pelos brasileiros inconformados com a corrupção que agora veem o ministro do STF brincar de legislador”, criticou Rubens Nunes.



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