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Empresário condenado por falsificar remédios é morto a tiros na Barra, Rio

Quarta, 06 de abril de 2016

 

 

Crime em frente ao Colégio Santo Agostinho tem sinais de execução.
Mulher de Miguel Ângelo Santos Jacob foi ferida; bebê estava no carro.

 

Alba Valéria Mendonça, Lívia Torres e Janaína FerreiraDo G1 Rio

 
 
 
 
 
 
 

O empresário Miguel Ângelo Santos Jacob, de 57 anos, foi morto a tiros dentro de um carro na Rua Rino Levi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no início da tarde desta quarta-feira (6). O crime aconteceu em frente ao Colégio Santo Agostinho, um dos mais tradicionais e caros da região, e à Escola Municipal Albert Einstein, dentro do condomínio Novo Leblon. Segundo as primeiras informações dos investigadores, há indícios de execução.

Testemunhas contaram que ouviram muitos tiros e que houve correria. A vítima tinha deixado o filho no colégio ao lado de Joana D'arc Batista, de 40 anos, quando criminosos abordaram o veículo e fizeram vários disparos. Pelo menos 13 cápsulas foram encontradas pela polícia no entorno. Agentes da Divisão de Homicídios investigam o assassinato.

Joana, que seria companheira de Miguel, de acordo com advogados, também foi atingida pelos disparos e foi levada para o Hospital Lourenço Jorge. O estado de saúde dela não foi divulgado. Um bebê também estava no carro e não se feriu.

Condenação por falsificação
Advogados da família, no local, informaram que Miguel era empresário do ramo de medicamentos. Ele foi um dos condenados, em 2015, a 11 anos de prisão por um esquema de falsificação de remédios contra o câncer. O réu foi condenado em maio de 2015 a 11 anos e oito meses de reclusão. Na sentença, o juiz concede a ele e outros três réus envolvidos o direto de recorrer da sentença em liberdade.

Segundo as investigações, Miguel era dono de uma empresa que falsificava e distribuía o remédio Glivec, para tratar leucemia. Cada caixa chegava a custar R$ 10 mil, mas como não possuía o princípio ativo do original, colocava pacientes em risco. A quadrilha foi descoberta em 2007, em investigação da Polícia Federal.

Carro importado onde estava o motorista que foi assassinado na Barra da Tijuca (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Carro importado onde estava o motorista que foi assassinado na Barra da Tijuca (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)

A reportagem do G1 apurou no local que o autor dos disparos foi um homem com uma mochila. Os tiros aconteceram em um horário de grande movimento, de entrada e saída dos estudantes. O criminoso teria chegado e escapado andando.

Por volta das 15h40, a movimentação era tranquila no condomínio Novo Leblon, nas imediações de onde ocorreu o homicídio contra Miguel Ângelo Barata e os curiosos já haviam dispersado. O recreio dos alunos do Santo Agostinho, que normalmente acontece no pátio que é virado para a rua onde ocorreu o crime, teve que mudar de local nesta quarta-feira.

Um professor do Colégio Santo Agostinho, que preferiu não se identificar, afirma que os tiros ocorreram por volta das 12h. Na hora dos disparos, as crianças voltaram correndo para dentro do prédio e estão sendo liberadas aos poucos, na presença dos pais. As aulas da tarde estão normais.

“Eu estava dando aula no momento, foram muitos tiros, parecia uma metralhadora. As crianças ficaram muito assustadas,” contou o professor.

Polícia faz perícia no carro alvejado (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Polícia faz perícia no carro alvejado (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Imagem mostra local do crime logo após os tiros, na Barra da Tijuca (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Imagem mostra local do crime logo após os tiros, na Barra da Tijuca (Foto: Reprodução/ TV Globo)


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