Além de buscar cada vez mais oferecer ensino de excelência para os alunos da rede municipal, uma das preocupações da secretaria de Educação é garantir aos alunos são-bentenses uma alimentação equilibrada, com todos os nutrientes necessários para uma vida saudável com base nas recomendações estabelecidas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Além disso, a secretaria da Educação trabalha com dietas especiais, para atender necessidades nutricionais específicas. Nesses casos, os cardápios da alimentação escolar são adaptados conforme a faixa etária, período de atendimento e carência nutricional. Um exemplo está na Pré-Escola Municipal Ernesto Venera dos Santos, no bairro Progresso. Na unidade, refeições diferenciadas são elaboradas para que alunos com diabetes e intolerância à lactose tenham alimentação adequada para suas necessidades.
Na PEM Ernesto Venera dos Santos, a alimentação diferenciada atende o pequeno Vinicius, de quatro anos. O menino, portador do Diabetes do tipo 1, começou a frequentar a unidade no início de 2016. “Substituímos o arroz e o macarrão tradicional por arroz e macarrão integral para atendê-lo de maneira adequada, assim como preparamos outros alimentos como o pão integral e bolos com adoçante”, explica a cozinheira Zilda Uniseski, responsável pela preparação da comida na unidade de ensino. Segundo ela, outros alimentos, como o doce de leite e o biscoito, acabam sendo substituídos por geleia diet e biscoito integral, respectivamente.
“Também explicamos para os demais alunos a razão da alimentação diferenciada de um coleguinha. Todos precisam entender”, explicam as professoras Catarina Pereira e Roselete de Melo. Já a diretora Irene Batista Fragoso Niespodzinski destaca que o cuidado com a alimentação acontece desde a entrada das crianças na pré-escola.
Trabalho inicia desde a matrícula - “No ato da matrícula realizamos levantamento para saber se as crianças têm alguma deficiência ou apresentam algum laudo de intolerância a algum tipo de alimento. A partir destas informações iniciamos o trabalho para atender as necessidades. No caso do Vinicius nos reunimos com as nutricionistas da secretaria da Educação e da Saúde, nossas atendentes e a cozinheira”, detalha a diretora. “Estou muito satisfeita com meu filho aqui. A escola, os professores, a direção faz com que eu possa confiar plenamente no atendimento que ele recebe”, conta a mãe de Vinicius, Waldete Pereira Tauscher.
De acordo com a secretária de Educação, Alcione Hinke, o município atende 49 crianças com algum tipo de intolerância, desde o berçário até o nono ano do ensino fundamental. A alimentação diferenciada é oferecida pela rede municipal de ensino tanto para as crianças que frequentam o período regular como o integral. “Nossa meta é sempre oferecer o melhor para as crianças, nossa preocupação é com o bem estar psicológico, com a segurança, e neste caso com a alimentação”, frisa. A secretária enfatiza porém, que além do acompanhamento de nutricionistas o processo envolve uma parceria importante entre família, escola, professores, direção e profissionais da saúde.
Laudos anuais - Para que as crianças com intolerância tenham acesso a alimentação especial é necessário que as famílias apresentem laudos anuais que atestem tal condição. “Essa é uma medida que toma por base o fato de algumas intolerâncias acontecerem em caráter transitório”, explica a nutricionista da secretaria de Educação, Maristela Kotovicz que, juntamente com a nutricionista Liliane Grein, monitoram os casos de carências nutricionais. O município atende também crianças com doença celíaca que é uma intolerância permanente ao glúten.
Crianças com desnutrição ou acima do peso - A secretaria de Educação também se preocupa com crianças que se apresentam abaixo ou acima de seu peso ideal. “Nestes casos a alimentação equilibrada serve para repor as condições para o bom desenvolvimento de quem tem peso inferior ao necessários bem como controlar a alimentação de crianças com sobrepeso. Este trabalho também tem uma parceria muito importante das famílias”, diz Alcione.