O que vamos relatar é muito grave e que pode perfeitamente ser resolvido com boa vontade e decisão. Paciente que precisa fazer monitoramento de pressão arterial com aquele aparelho MAPA que efetua o controle durante 24 horas e com rotina normal, passa por verdadeira maratona e que praticamente invalida o exame, justamente pela quebra de rotina. Tem que se deslocar para Itajaí. O SUS em São Bento do Sul não dispõe do aparelho que custa cerca de R$7.000,00. Nesta semana uma senhora que possui uma filha com alguns problemas e que não pode viajar só, teve que deixar seu serviço para acompanhá-la. A viagem é feita com motorista e veículo da prefeitura. São 320 quilômetros ida e volta. No dia seguinte o aparelho tem que ser devolvido e lá se vão mais 320 quilômetros. Então já são 640 quilômetros percorridos, motorista, desgaste do veículo e riscos de estar da estrada. O mesmo exame feito em clínica particular em São Bento do Sul custa R$ 250,00, isto sem considerar uma possível negociação. Façamos os cálculos superficialmente. Custo de um veículo básico em média R$30.000,00, equivalente a 120 exames e a compra de no mínimo quatro aparelhos MAPA cotado a R$ 7.000,00. Salário médio mensal de um motorista da Prefeitura R$2.500,00. Pasmem, não conseguimos junto a Secretaria de Administração o valor médio do custo do quilômetro rodado pelos veículos oficiais. Então fiquemos com o de uma locadora R$0,50. Só na quilometragem rodada já são 640 x R$ 0,50 = 320,00. Mais caro que um exame. Como já dissemos sem contar desgaste dos pacientes e risco de vida de estar na estrada, desconforto físico e emocional, invalidade do exame pela quebra de rotina a começar pelo sobe e desce da serra, perda do dia de trabalho da acompanhante e outros transtornos. Não há pressão que aguente.
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