Rio Negrinho – A Secretaria Municipal de Saúde através da Vigilância Epidemiológica realizou na quarta-feira, 24, no auditório do Centro de Excelência uma reunião para tratar de ações para o combate ao Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika, schikungunya e febre amarela. Participaram representantes de clubes de serviços, associações de bairros, diretores de escolas municipais e estaduais, ministério público, policia militar, igreja, o médico Luis Eduardo Rodrigues, a Coordenadora Regional Bióloga Gisele Caminha, equipe da Vigilância Epidemiológica e agentes da dengue.
Segundo o Secretário de Saúde Pablo Ricardo Ribeiro, Rio Negrinho se encontra próximo a lugares com infestação pelo mosquito Aedes aegypti, e a população não tem defesas naturais contra as diversas doenças que são por ele transmitida. “Não há como se livrar da dengue, zika, schikungunya e febre amarela sem a participação de toda a sociedade. Esta não é uma tarefa que possa ser assumida apenas pelo governo. É importante que tenhamos um planejamento que envolva cada cidadão de nosso município, antes que o mosquito aqui se instale e, com ele, deveras doenças graves”, completou o secretário.
O médico Luiz Eduardo Rodrigues fez uma explanação geral sobre as doenças causadas pelo mosquito e alertou para a gravidade do problema, mostrando imagens que chocaram o público. “Todos precisamos nos unir no combate ao mosquito fazendo a nossa parte, tomando os cuidados, evitando água parada, ajudando a divulgar e até denunciar situações que possam colocar em risco o trabalho realizado para eliminar o vetor”, falou.
A Bióloga Gisele Caminha da Gerência de saúde, disse que já atua na região há cinco anos e que em Santa Catarina sempre foi realizando um trabalho diferenciado. “Até 2014, não se apresentavam circulação viral. Devido aos números significativos, começou a mudar o perfil epidemiológico do Estado a partir de 2014”, informou. Reforçou que é um problema emergencial do Brasil e que todos devem estar cientes da gravidade provocada pelas doenças relacionadas ao mosquito aedes aegypti, dengue, schikungunya, febre amarela, mas principalmente do zika vírus. Falou da importância de agrupar maior número de pessoas que tenham o poder de decisão na cidade para que as ações sejam efetivadas. “Todos os segmentos da sociedade podem colaborar, para evitar os casos mais graves. Precisamos nos unir para evitar que a epidemia chegue ao município”, alertou.
A Enfermeira Patrícia Hittl, responsável pela Vigilância Epidemiológica disse que a equipe vem trabalhando forte no controle do vetor (mosquito) através de armadilhas em 200 pontos estratégicos que são visitados semanalmente. Para ampliar a cobertura, conta com a parceria do Programa Saúde da Família através dos agentes comunitário que fazem visitas e esclarecem as dúvidas e deixam material educativo. “A melhor forma de conscientizar a população é pedindo que cada um faça a sua parte, eliminando focos em sua residência, Não adianta a secretaria realizar trabalho de orientação, conscientização, pedágio educativo se a população acumula água parada em suas residências”, completou.
Devido a gravidade do problema, a Vigilância Epidemiológica vai buscar parcerias, com a secretaria de Educação, para trabalhar o assunto na sala de aula, associações de bairros, ministério público, instituições, entidades e empresas que trabalham com transporte. “Nesse momento precisamos da ajuda de todos”, conclama a Enfermeira. De todas as doenças citadas, a única que tem vacina disponível rede básica é a Febre Amarela. Para melhor informação a populção pode procurar o posto de saúde mais próximo.