Uma Frente Parlamentar deve ser instalada já na próxima semana na Assembleia Legislativa para acompanhar as ações desenvolvidas no combate à proliferação de doenças epidemiológicas em Santa Catarina. A proposta do deputado Antonio Aguiar (PMDB) já conta com o apoio de doze colegas, dois dias após o início da coleta de assinaturas de adesões. A ideia é acompanhar ações no âmbito do Estado e municípios contra a expansão de focos do mosquito Aedes Aegipty e obter esclarecimentos sobre casos de dengue, zika vírus e febre chikungunya. Nesta terça-feira, Aguiar também aprovou um requerimento dirigido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cobrando esclarecimentos sobre as campanhas que incentivam o uso continuado de repelentes, especialmente em mulheres grávidas e crianças.
Aguiar considera grave o quadro catarinense, já que a Vigilância Epidemiológica reconhece que já em 2015 foram identificados mais de sete mil focos do mosquito vetor das doenças em 117 municípios. Este ano a Secretaria da Saúde criou uma sala de gestão de crise e já na primeira quinzena de janeiro foram identificados 475 focos em 55 municípios. No último boletim, semana passada, a Secretaria da Saúde admitiu quinze casos de dengue e cinco de zika. Em 28 municípioshá quadros de infestação do mosquitos.
Por ser médico, Aguiar projeta os custos sociais e para a saúde pública com o crescimento de casos de bebês com microcefalia. Também antevê riscos para a economia do País, a longo prazo, se mulheres em idade reprodutiva decidirem adiar planos de ter filhos por receio de contraírem doenças graves. “Podemos, no futuro, enfrentar até um vazio demográfico, a persistir essa situação grave”, diz o parlamentar. “Daí a importância de acompanharmos tudo o que está sendo feito, questionar, auxiliar nas decisões e mobilizar a comunidade”.
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