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Campanha da fraternidade reforça a importância do saneamento

Sexta, 12 de fevereiro de 2016

 

Presidente da Apecs destaca a relevância do tema para o país

 

A CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) escolheu o tema “Casa comum, nossa responsabilidade” para falar do saneamento básico durante a Campanha da Fraternidade 2016, lançada nesta Quarta-feira de Cinzas. “É fundamental para o desenvolvimento brasileiro investir em saneamento básico como forma de reduzir as desigualdades sociais e melhorar a saúde da população. A iniciativa da Confederação vem ao encontro do que o setor espera como solução para o país”, destaca Luiz Roberto Gravina Pladevall, presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente).

 

A Associação tem se posicionado pelo cumprimento das metas estabelecidas pelo Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico), lançado em 2007, que inicialmente previa a universalização dos serviços básicos de saneamento até 2030. “Infelizmente, com os investimentos atuais, teremos 20 anos de atrasos nesse cronograma. Ainda hoje, 51% dos lares brasileiros estão sem acesso a tratamento de esgoto, segundo dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento)”, ressalta Pladevall.

 

Para o dirigente, municípios, estados e União devem retomar imediatamente os investimentos no setor. “Apesar da crise, não podemos abandonar a aplicação de recursos em um setor que é essencial para o Brasil”, afirma. Segundo ele, a baixa qualificação técnica dos projetos de engenharia é outro empecilho para o avanço das obras de infraestrutura em saneamento no país. “O governo federal deve investir na qualificação dos técnicos municipais e incentivar, e apoiar, tecnicamente os municípios para contratação adequada de consultorias para a elaboração de projeto de engenharia de qualidade, que têm custos que não ultrapassam 3% do valor de todo o empreendimento e, desta forma, garantir a conclusão de obras, sem atrasos e aumentos adicionais de custos”, explica Pladevall. 

 

O presidente da Apecs lembra que uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, de dezembro de 2015, reconheceu o saneamento básico como um direito humano separado do direito à água potável. “A falta de saneamento prejudica as pessoas de usufruírem plenamente dos seus direitos humanos. A falta de condições sanitárias adequadas amplia as chances de transmissão de doenças infecciosas, que prejudicam o desenvolvimento humano”, aponta Pladevall.

 

Apecs

Fundada em 1989, a Apecs congrega atualmente cerca de 40 das mais representativas empresas de serviços e consultoria em Saneamento Básico e Meio Ambiente com atuação dentro e fora do país.

 

Essas companhias reúnem parte significativa do patrimônio tecnológico nacional do setor de Saneamento Básico e Meio Ambiente, fundamental para o desenvolvimento social e econômico brasileiro, estando presente nos mais importantes empreendimentos do setor.



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