O Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville passa a contar, a partir desta semana, com 16 placas no sistema Braille que irão orientar as pessoas cegas ou com baixa visão, identificando os espaços do museu e também alguns serviços.
O sistema Braille é um processo de escrita e leitura baseado em 64 símbolos em relevo, resultantes da combinação de até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos cada. Pode-se fazer a representação tanto de letras, como algarismos e sinais de pontuação. O código foi criado pelo francês Louis Braille (1809 - 1852), que perdeu a visão aos três anos e criou o sistema aos 16.
A ação integra o projeto “Educação Patrimonial e Acessibilidade – Museu Nacional de Imigração e Colonização, Patrimônio Cultural Brasileiro”, contemplado pelo Conselho Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça – Governo Federal.
O servidor da Fundação Cultural de Joinville (FCJ), Paulo Sérgio Suldóvski, que também é presidente da Associação Joinvilense para Integração dos Deficientes Visuais (Ajidevi), destacou que esta é mais uma importante iniciativa do museu e da FCJ que visa à acessibilidade. “O Museu de Imigração é referência em acessibilidade e já conta, por exemplo, com o recurso do áudio-guia. O objetivo é beneficiar a todos”, observou.
Outras ações de acessibilidade da Fundação Cultural de Joinville (FCJ):
- A FCJ conta com um grupo de trabalho que visa à elaboração e posterior implementação do Plano Municipal de Acessibilidade na Cultura, que já está previsto no Plano Municipal de Cultura.
- A página da FCJ no Facebook dispõe do recurso de descrição de imagem, que possibilita que cegos também “vejam” as imagens;
- o Festival de Dança de Joinville, por iniciativa da FCJ e com patrocínio do Festival, passou a ter uma apresentação áudio-descrita por ano;
- o Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) patrocinou oficina de musicografia em Braille e possui uma categoria de apoio só para projetos de ações afirmativas;
- a Casa da Cultura Fausto Rocha Junior possui com Programa de Extensão Comunitária que oferece cursos gratuitos de teatro, dança e música também voltados para pessoas com deficiência;
- Em 2015, ocorreu a primeira edição do Programa Cine Acessibilidade, com a exibição do filme “Colegas”, que contou com o recurso da áudio-descrição.
- No ano passado, em 3 de dezembro, no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, também ocorreu a 1ª Tarde Cultural Inclusiva, na praça Nereu Ramos, com apresentações de artistas e grupos de pessoas com deficiência.