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Profissionais de Saúde repassam orientações sobre hanseníase

Sexta, 29 de janeiro de 2016

 

Profissionais da secretaria de Saúde estão repassando para a comunidade, durante todo o mês, orientações acerca da importância do diagnóstico precoce e do tratamento da hanseníase, cujo Dia Mundial de Combate é lembrado neste domingo (31).

A doença é infecciosa, crônica e contagiosa, e ataca principalmente a pele e os nervos periféricos, incluindo orelhas, nariz, braços, mãos, pernas e pés, mas também pode atingir outros órgãos causando deformidades físicas.

De acordo com diretora do Centro de Vigilância à Saúde (CVS), Luciane Scatolon, além das orientações, os casos de suspeita da doença são encaminhados diretamente ao CVS. “Após a coleta do material para exame e se confirmada a doença, o paciente recebe medicamentos, protetor solar, consultas e exames totalmente gratuitos”, explica Luciane. “A doença tem cura, mas é importante o diagnóstico e tratamento precoce”, completa.

As estatísticas do município apontam nove casos nos últimos cinco anos, sendo um diagnosticado em 2010, três em 2011, um em 2012, um em 2013, um em 2014 e dois no ano passado.

Dentre os sintomas da doença estão manchas em qualquer parte do corpo, esbranquiçadas ou avermelhadas, com diminuição, aumento ou ausência de sensibilidade ao calor, ao frio, à dor e ao tato, nódulos, dor próxima ao cotovelo, joelho e tornozelo e queda de pelos.

Santa Catarina, que em 2014 diagnosticou 150 casos novos de hanseníase, é um Estado considerado como de baixa endemicidade pelo Ministério da Saúde, apresentando taxa de detecção de 2,23 por 100 mil habitantes. Naquele ano, o percentual de cura dos novos casos foi de 89%. Ainda 87,5% dos contatos domiciliares dessas pessoas foram examinados, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).

Saiba mais - A hanseníase é causada pelo Mycobacterium Leprae e é transmitida pelas vias aéreas superiores, por meio de contato direto e prolongado com o doente sem tratamento. A doença se desenvolve dependendo das condições do sistema imunológico do indivíduo ao qual foi transmitido o bacilo.

Entre os principais sintomas, que podem demorar de 2 a 7 anos para se manifestar, estão manchas na pele com alterações de cor e de sensibilidade, dormência, queda de pelos e o comprometimento de nervos periféricos, levando à perda da força dos músculos inervados por tais nervos.

O diagnóstico e o tratamento da hanseníase são gratuitos, oferecidos pelo SUS. O tratamento da hanseníase é feito por via oral, com a administração de um coquetel de antibióticos, cujas doses e tempo variam conforme a classificação da doença (Paucibacilar-PB ou Multibacilar-MB).

O paciente deve tomar uma dose mensal na Unidade de Saúde (dose supervisionada) e as demais serão autoadministradas (pelo paciente em sua moradia), adotando, ao mesmo tempo, cuidados com olhos, mãos e pés para prevenção de incapacidades. A pessoa que convive com o doente também dever ser examinada.



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