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MP investiga responsabilidade de empresa em desastre ambiental em Porto União, no Planalto Norte de

Quarta, 27 de janeiro de 2016

 

Reportagem exclusiva do RBS Notícias revelou detalhes do maior desastre ambiental da cidade

MP investiga responsabilidade de empresa em desastre ambiental em Porto União, no Planalto Norte de SC rbs tv,divulgação/Agencia RBS
Na área de preservação permanente, morro deslizou e o curso do rio foi alteradoFoto: rbs tv,divulgação / Agencia RBS
Reportagem exclusiva do RBS Notícias, exibida nesta terça-feira, revelou o maiordesastre ambiental de Porto União. O repórter Júlio Ettore e o cinegrafista Jean Mazzonetto estiveram no local e conferiram de perto o descaso com a natureza. O rio Liso, que passa por São Miguel da Serra, uma área rural e tranquila em Porto União, no Planalto Norte catarinense, é alvo de um desastre ambiental que a região nunca viu.

Segundo a reportagem, hoje uma água barrenta ocupa o lugar por onde passava o rio Liso até dois meses atrás. A equipe encontrou galhos, árvores e muita terra depois que houve um grande deslizamento, e a água acabou mudando de curso e invadiu três propriedades.

A quantidade de terra que caiu é impressionante, relata Júlio. Centenas de toneladas numa área de 14 mil metros quadrados. Ainda não se sabe o impacto sobre o ecossistema da região, nem a quantidade de peixes que já morreram com o deslizamento, explica a reportagem.

A equipe apurou que nesse lugar uma mineradora realizava extração de areia no morro. Ao remover a terra, o morro ficou sem sustentação e desmoronou. No novo curso que o rio Liso está abrindo, a terra ficou imprópria para agricultura. Um agricultor que plantava milho e feijão teve prejuízo e outro morador precisou abandonar a casa por causa do deslizamento de terra.

 
Empresa não existe mais

A reportagem apurou que a areia é abundante no solo de Porto União e criou, na cidade, um negócio lucrativo para as mineradoras. O Ministério Público, que investiga o caso, considera responsável a empresa Areial Ressaca que, segundo o MP, agiu desrespeitando o meio ambiente desde 2004, numa área de preservação permanente. Mas foi com o desmoronamento, no fim do ano passado, que o descaso com o meio ambiente chegou ao limite.

A equipe da RBS TV foi atrás da empresa e descobriu que a Areial Ressaca não existe mais. A reportagem conversou com uma mulher, que conta que a empresa era de dois irmãos que brigaram e não se falam mais.

O RBS Notícias teve acesso exclusivo a pareceres técnicos da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), o órgão que fiscaliza a extração de areia em Santa Catarina. Um deles, de 2008, relata extração em desacordo com as leis ambientais e licença vencida. A operação foi embargada e foi estipulada uma multa de R$ 45 mil.

Em 2009, estava tudo igual. Mais uma vez, embargo e multa, de R$ 20 mil. Em 2010, mais um parecer: a Areial Ressaca estava causando danos à vegetação e jogando material da extração para dentro do rio.

Mas como a mineradora teve a operação em São Miguel da Serra embargada duas vezes, em 2008 e 2009, e estava funcionando em 2010? A resposta está em outro documento exclusivo: técnicos da Fatma em Canoinhas fizeram os embargos, mas o desembargo, ou seja, a liberação, foi feita pela procuradoria jurídica da Fatma, em Florianópolis. O mesmo documento informa que a área de extração em São Miguel da Serra está abandonada desde 2011.


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