Agentes estão em trabalho constante para evitar proliferação
Mais um foco do mosquito Aedys aegypti foi encontrado pelo Centro de Vigilância à Saúde (CVS) nesta semana em São Bento do Sul. Desta vez, o local de contaminação foi uma armadilha montada pelos agentes de combate à Dengue em uma transportadora. O material recolhido no local foi levado para análise laboratorial no CVS e constatou-se que as larvas depositadas eram mesmo do mosquito responsável por doenças como a dengue, zika e chikungunya.
Toda semana, os agentes montam estas armadilhas em locais específicos para verificar a situação do município em relação a proliferação do aedys. De acordo com o coordenador de Combate à Dengue do município, Jerri Afonso Cristofolini, são 349 armadilhas espalhadas por São Bento do Sul, uma a cada 100 imóveis, seguindo normas estaduais. “Essas armadilhas são montadas em locais propícios para o mosquito, como em transportadoras, onde ele pode vir de fora”, conta. A fiscalização nas armadilhas é semanal para que, em caso de contaminação, elas sejam incineradas de imediato e evitem a proliferação do Aedys aegypti.
Os agentes também fazem fiscalização em 84 PEs (Pontos Estratégicos) a cada 14 dias. “A diferença entre armadilhas e os PEs é que as armadilhas 'forjam' uma situação propícia para o mosquito depositar os ovos. Já os pontos são locais vulneráveis à proliferação devido ao acúmulo de materiais que servem de criadouros”, explica Cristofolini. Entre os PEs estão borracharias, ferros-velhos, cemitérios, empresas de reciclagem, dentre outros.
Quando um foco do mosquito é encontrado o CVS faz a delimitação em 300 metros do local onde o foco foi encontrado e realiza a verificação de residências e demais áreas próximas. É a terceira vez em que um foco é encontrado em 2016. Para o coordenador toda atenção da população é fundamental para evitar a proliferação do mosquito. “Vemos nos cemitérios, por exemplo, que as pessoas não cumpre as normas simples para evitar que a água fique parada nos vasos. Nosso objetivo não é proibir nenhuma atividade, basta que as pessoas se adequem para evitar um problema que será maior para todos”, lembra o agente.
Os agentes de combate à dengue estão diariamente fazendo a fiscalização, mas depende de ações das pessoas para que São Bento do Sul continue isenta de casos de dengue, zika ou chikungunya. A agente Cleide Adriana Dias frisa que caso o cidadão presencie algum caso que possa ser vulnerável à criação do mosquito, deve ocorrer a denúncia. “Em residências só podemos adentrar quando há denúncia, por isso é importante que a pessoa faça sua parte e também nos avise quando há locais com água parada”.
Ela explica que desde que o CVS reforçou a fiscalização e orientação, houve melhoras em alguns pontos. “Em um ferro-velho, no Cruzeiro, eles já estão se adequando e construindo abrigos para armazenar os carros”, conta.
O Centro de Vigilância à Saúde pode ser contatado pelos telefones (47) 3635-228 / 36354121.